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Inflação ao consumidor na China acelera em dezembro; preços ao produtor caem com demanda fraca

12 jan 2023, 7:43 - atualizado em 12 jan 2023, 7:43
Mercado em Hong Kong
A expectativa era de um declínio de 0,1%, refletindo a interrupção da indústria devido ao alto número de casos de Covid-19 no final de 2022 (Imagem: REUTERS/Lam Yik)

A taxa anual de inflação ao consumidor chinês acelerou em dezembro, impulsionada pelo aumento dos preços dos alimentos mesmo que a demanda doméstica vacile em meio à atividade econômica contida.

Economistas esperam que a inflação continue a acelerar no primeiro trimestre de 2023.

O índice de preços ao consumidor subiu 1,8% em dezembro na base anual, de 1,6% em novembro, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira.

O resultado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters%.

A queda anual do índice de preços ao produtor diminuiu em dezembro para 0,7%, de recuo de 1,3% observado no mês anterior.

A expectativa era de um declínio de 0,1%, refletindo a interrupção da indústria devido ao alto número de casos de Covid-19 no final de 2022.

A China abandonou suas medidas rigorosas de Covid zero no mês passado, levantando os lockdowns, removendo a quarentena e suspendendo os testes regulares.

Como resultado, os economistas esperam que a inflação continue a acelerar no primeiro trimestre.

“Há alguns sinais iniciais de que a transição para viver com a Covid está começando a pressionar os preços para cima”, disse Zichun Huang, economista da Capital Economics.

“Mas é improvável que a elevação da inflação seja tão grande quanto a observada em muitas outras economias quando elas reabriram.”

Analistas não esperam que o aumento da inflação provoque um aumento nas taxas de juros.

“Como a inflação permanecerá controlável no futuro próximo, acreditamos que o Banco do Povo da China precisará baixar a taxa MLF em 10 pontos-base no primeiro trimestre”, disse Zhou Hao, economista-chefe do Grupo Guotai Junan.

Os preços dos alimentos avançaram 4,8% em dezembro sobre um ano antes, após um aumento anual de 3,7% visto em novembro.

O núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentos e energia, ainda é moderado, embora tenha subido de uma taxa anual de 0,6% em novembro para 0,7% no mês passado.

Isso refletiu os efeitos iniciais da reabertura nos setores de saúde e viagens, onde a inflação disparou.