Inflação anual dos EUA sobe 6% em fevereiro, mas Fed deve reduzir os juros mesmo assim; entenda
Em fevereiro, o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% na base mensal e avançou 6% no confronto anual, ficando em linha com as estimativas do mercado.
Apesar da alta, o indicador apresentou uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o CPI registrou aumentos de 0,5% no mês e de +6,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
- Entre para o Telegram do Money Times!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!
Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve altas de 0,5% no mês e de +5,5% na base anual, ante leituras de 0,4% e +5,6% em janeiro, na mesma base de comparação.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, que divulgou o dado, o aumento no CPI reflete uma alta nos preços, do índice de moradia, que responde por mais de 70% do aumento no período.
Em fevereiro, o índice de energia caiu 0,6% na base mensal, enquanto o índice de alimentação avançou 0,4% no período.
Apesar de a inflação ainda estar longe da meta de 2% do Federal Reserve, o banco central americano pode cortar as suas taxas de juros na reunião da semana que vem. A decisão deve ser influenciada pelo colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e agora do Signature Bank.
A quebra dos bancos e o risco para o sistema financeiro prometem desacelerar a economia nos Estados Unidos, por mais que o governo tenha tomado medidas para evitar uma contaminação generalizada, como aconteceu na crise de 2008.