Inflação ainda mais alta e ata do Fomc: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana
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A última semana foi marcada pela divulgação dos dados de inflação tanto Brasil como nos Estados Unidos. Por aqui, o IPCA veio abaixo da sazonalidade para o mês, com a contribuição dos menores preços de energia.
Já nos EUA, os números vieram acima das expectativas, o que reforça a mensagem de que o Federal Reserve não terá pressa para cortar mais os juros durante este ano.
Além disso, o mercado recebeu novos anúncios de Donald Trump sobre aumento das tarifas de importação no aço e no alumínio.
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Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram mistos com fechamento nos vértices curtos e intermediários e abertura na parte longa. As taxas de juro real se mantiveram estáveis, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando em patamares próximos aos 7,7%, de acordo com a leitura da equipe da XP Investimentos.
Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam positivos durante a semana. O destaque de maior valorização no período foi a NTN-B 2050, com 2,22%, e a menor variação ficou com LFT 2028, com 0,27%.
Já no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram em alta. O índice IDEX-DI fechou em 2,22%, contra os 2,12% da semana anterior.
Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma queda, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações foi de R$ 731 milhões em debêntures não incentivadas, R$ 710 milhões em debêntures incentivadas, R$ 145 milhões em CRIs e R$ 188 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
A semana começa com o mercado recebendo as novas projeções do Relatório Focus. As apostas para a inflação de 2025 foram elevadas de 5,58% para 5,60% no Boletim Focus desta segunda-feira (17). Trata-se da 18ª alta consecutiva.
Serão divulgados também os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-10), do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre).
O resto da semana segue com agenda de indicadores esvaziada, enquanto o mercado recebe mais resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) das empresas listas na bolsa de valores.
Já na agenda internacional, os investidores se preparam para dados como o Índice NAHB de Mercado Imobiliário, Atas da Reunião do FOMC, Índice de Indicadores Antecedentes, Índice Michigan de Percepção do Consumidor e os Pedidos Semanais por Seguro-Desemprego dos Estados Unidos.
*Com Vitória Pitanga