Economia

Inflação acelera antes da reoneração da gasolina; IPCA-15 sobe 0,76% em fevereiro

24 fev 2023, 9:24 - atualizado em 24 fev 2023, 9:24
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Em março, o governo retoma os impostos para gasolina e etanol. O grupo de transportes teve alta de 0,08% na prévia da inflação de fevereiro. (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) ficou em 0,76% em fevereiro, após alta de 0,55% em janeiro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou acima da mediana das projeções de mercado, que estimavam alta de 0,72% na prévia da inflação. Em fevereiro de 2022, o IPCA-15 subiu 0,99%.

A aceleração da prévia se dá às vésperas da retomada dos impostos Pis e Cofins para gasolina e etanol, sugerindo que a inflação pode subir ainda mais a partir de março.

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No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,63% em fevereiro, ante 5,87% no número registrado até janeiro. No acumulado do ano, o IPCA-15 está em 1,31%.

A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2023 é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, para baixo ou para cima.

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Grupos da inflação

Dos nove grupos de produtos e serviços usados para cálculo do IPCA-15, oito aceleraram na passagem entre janeiro e fevereiro. A exceção foi Vestuário, cujos preços recuaram 0,05% após a alta de 0,42% no mês passado.

Já a maior variação e o maior impacto no índice do mês vieram de Educação (6,41% e 0,36 ponto percentual).

Veja a inflação nos grupos pesquisados

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Alimentação e bebidas 0,39 0,08
Habitação 0,63 0,10
Artigos de residência 0,71 0,03
Vestuário -0,05 0,00
Transportes 0,08 0,02
Saúde e cuidados pessoais 0,55 0,07
Despesas pessoais 0,63 0,06
Educação 6,41 0,36
Comunicação 0,78 0,04

Regiões

Todas as 11 regiões pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em fevereiro. A maior alta do IPCA-15 foi registrada em Salvador (1,19%), influenciada pelas altas dos cursos regulares (7,84%), da energia elétrica (5,99%) e da gasolina (5,16%).

Por outro lado, o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,41%), onde pesaram as quedas de 3,07% da gasolina e de 2,49% da energia elétrica.