Comprar ou vender?

Inflação + 3,8%: o título do Tesouro Direto a ser comprado agora

19 abr 2021, 17:33 - atualizado em 19 abr 2021, 17:41
Moeda, Real, Dinheiro
O papel Tesouro IPCA+ 2026 é o mais indicado para o momento, apontam os analistas (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Enquanto o Congresso não se decide acerca do Orçamento de 2021, a inflação não para de subir e o coronavírus continua a impedir a retomada da abertura econômica, o que o investidor mais conservador deve fazer?

Para a equipe de analistas da Ágora, que a cada meio de mês divulga uma sugestão de alocação para o Tesouro Direto, o papel Tesouro IPCA+ 2026 é o mais indicado para o momento.

“Nossa carteira recomendada do Tesouro Direto para os próximos 30 dias considera que o juro deverá manter uma tendência de alta até o final deste ano. Externamente, os estímulos monetários e fiscais, principalmente nos Estados Unidos, continuam refletindo nos preços dos ativos, e seguem mantendo os juros pelo mundo em baixo patamar. As notícias de um cronograma de vacinação no país deverão dar suporte para uma menor volatilidade no médio prazo”, apontam Altair Maurílio Pereira, Caio Lombardi e André Sonnervig.

Segundo eles, os prêmios da parte longa da curva seguem mais elevados, dada a percepção de risco fiscal no Brasil, sendo que as reformas estruturais (administrativa e tributária) continuam sendo essenciais.

“Diante do cenário ainda volátil e recente alta da inflação, continuamos preferindo os títulos indexados à inflação, portanto a composição da carteira para este mês é de 75% em títulos indexados à inflação com vencimento em 2026 (o mais curto disponível para compra), assim o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo de 3,8%”, afirmam.

Os outros 25% devem ser aplicados em Tesouro Selic, indicam.

“Reiteramos que a nossa sugestão é manter o título até o vencimento, sendo que se não for essa a estratégia de investimento, a alocação somente em Tesouro Selic deve ser analisada”, concluem.