Saúde

Infectar voluntários pode acelerar vacina para Covid-19, diz OMS

09 maio 2020, 18:00 - atualizado em 07 maio 2020, 13:24
Vacinas
Pesquisadores do mundo todo correm contra o tempo para desenvolver vacinas contra o coronavírus e permitir que países reconstruam as economias (Imagem: Pixabay)

Infectar deliberadamente voluntários saudáveis com o vírus que causa o Covid-19 pode acelerar estudos de vacinas contra o patógeno, disse a Organização Mundial da Saúde.

Tais estudos, que apresentam perigos potenciais significativos para os indivíduos, podem ser considerados em situações extremas e com certos alertas e proteções, disse um grupo de trabalho da agência de saúde das Nações Unidas, em relatório publicado na última quarta-feira em seu site.

Pesquisadores do mundo todo correm contra o tempo para desenvolver vacinas contra o coronavírus e permitir que países reconstruam as economias.

Os chamados estudos de desafio, onde tratamentos ou preventivos são testados diretamente contra a infecção em voluntários informados, podem acelerar o caminho das vacinas para o público.

Os estudos de desafio “podem ser significativamente mais rápidos do que os testes de campo de vacinas”, de acordo com o documento do grupo de trabalho, “em parte porque muito menos participantes precisam ser expostos a vacinas experimentais para fornecer estimativas (preliminares) de eficácia e segurança”.

O relatório estabeleceu oito condições que precisariam ser cumpridas para que os estudos de desafio fossem considerados, incluindo justificativa científica, uma avaliação dos possíveis benefícios e o consentimento totalmente informado dos voluntários.

Os estudos de desafio têm potencial de reduzir a mortalidade por coronavírus em todo o mundo, mas apresentam perigos significativos para os voluntários, disseram em artigo recente cientistas da equipe coordenada por Marc Lipsitch, um epidemiologista da Escola de Saúde Pública de Harvard.

“Obviamente, desafiar voluntários com esse vírus vivo corre o risco de causar doenças graves e possivelmente até a morte”, disseram em março em artigo no Journal of Infectious Diseases.

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bloomberg@moneytimes.com.br

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