Infecções iniciais por Ômicron não devem proteger contra atuais variantes
Pessoas infectadas com a primeira versão da variante Ômicron do coronavírus, inicialmente identificada na África do Sul em novembro, podem estar vulneráveis a serem reinfectadas com versões posteriores da Ômicron, mesmo vacinadas e tendo recebido doses de reforços, segundo uma nova pesquisa.
Pacientes vacinados com infecções da Ômicron BA.1 desenvolveram anticorpos que podem neutralizar aquele vírus e o vírus original SARS-CoV-2, mas as sublinhagens da Ômicron circulando neste momento têm mutações que permitem que elas escapem desses anticorpos, disseram pesquisadores da China nesta sexta-feira na revista Nature.
A Ômicron BA.2.12.1, que atualmente causa a maioria das infecções nos Estados Unidos, e as Ômicron BA.5 e BA.4, que agora representam mais de 21% dos novos casos nos EUA, contêm mutações que não estão presentes nas versões BA.1 e BA.2 da Ômicron.
Essas sublinhagens mais novas “escapam dos anticorpos neutralizantes induzidos pela infecção por SARS-CoV-2 e pela vacinação”, descobriram os pesquisares com experimentos em tubo de ensaio.
Remédios com anticorpos monoclonais, como o bebtelovimab da Eli Lilly e o cilgavimab, componente do Evusheld da AstraZeneca, ainda podem efetivamente neutralizar as variantes BA.2.12.1 e BA.4/BA.5, segundo os experimentos.
Mas as vacinas de reforço baseadas no vírus BA.1, como as que estão em desenvolvimento pela Pfizer/BioNTech e Moderna, “podem não alcançar a proteção de amplo espectro contra novas variantes da Ômicron”, alertaram os pesquisadores.
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