Indústria estima em 20% repasse das altas das matérias-primas, sem computar carnes
O que entrou e saiu das indústrias de alimentos em setembro confirmam a alta do IPCA, em mais 1,16% naquele mês. E nem tudo que entrou mais caro poder ter saído com a remarcação cheia.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) estima em 20% o repasse para o consumidor dos preços das matérias-primas. Mais as embalagens, representam 60% dos que as empresas gastam para levar, depois, ao varejo.
Desse modo, no levantamento do mês passado, o café robusta ficou 84% mais caro, seguido do açúcar e milho, com 64%, trigo 40%, soja 24%, leite 12%, arroz 5%, e cacau 4%.
E não entraram carnes na pesquisa.
A mistura de produção comprometida (caso do café, açúcar e milho), com demanda internacional favorável (caso do soja), e oferta externa mais baixa (caso do trigo), elevaram os custos na cadeia.
Com o componente dólar empurrando os gastos com produção.