Indústria e consumidores da China impulsionam recuperação no início de 2021
A atividade dos setores industrial e de varejo da China saltou nos dois primeiros meses do ano, superando as expectativas, conforme a economia consolida sua recuperação da paralisia provocada pelo coronavírus em 2020.
Apesar de os impressionantes números divulgados nesta segunda-feira terem sido influenciados pela base baixa da forte queda do ano passado, analistas dizem que ainda assim eles mostram que a forte recuperação da China permanece intacta.
A produção industrial subiu 35,1% nos dois primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, contra alta de 7,3% vista em dezembro, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 30,0% na mediana das projeções.
As vendas no varejo subiram 33,8%, também acima da expectativa de aumento de 32% e marcando um salto significativo ante o crescimento de 4,6% em dezembro e contração de 20,5% em janeiro e fevereiro de 2020.
“Temos um cenário positivo para as exportações e investimentos na indústria este ano”, disse Louis Kuijs, chefe para economia da Ásia na Oxford Economics. “E esperamos que o consumo das família se torne importante motor do crescimento a partir do segundo trimestre conforme a confiança melhora e o pedido do governo de reduzir as viagens seja moderado.”
A capacidade da China de conter a pandemia do coronavírus antes de outras grandes economias permitiu a recuperação mais rápida do país.
Em 2020, a China foi a única grande economia a informar crescimento anual, com expansão de 2,3%. A recuperação se deveu a um robusto comércio, demanda reprimida e estímulos do governo.
A atividade econômica da China é normalmente distorcida nos dois primeiros meses do ano por causa do feriado do Ano Novo Lunar, que dura uma semana e caiu em fevereiro em 2021.