Economia

Indústria de máquinas e equipamentos tem alta de vendas em fevereiro

31 mar 2021, 18:09 - atualizado em 31 mar 2021, 18:09
Industria
O uso da capacidade instalada do setor atingiu 74,8% em fevereiro, estável ante janeiro e acima dos 73,9% de fevereiro de 2020 (Imagem: REUTERS/Stringer)

Os fabricantes de máquinas e equipamentos do Brasil tiveram em fevereiro alta de 18% na receita líquida ante mesmo período do ano passado, para 13,87 bilhões de reais, encerrando o primeiro bimestre com elevação de 27,4%, informou a associação que representa a indústria, Abimaq, nesta quarta-feira.

O uso da capacidade instalada do setor atingiu 74,8% em fevereiro, estável ante janeiro e acima dos 73,9% de fevereiro de 2020.

“Quando a capacidade está em 75%, isso acende uma luz amarela. Quando chega a 75%, já começam os planos de compra de máquinas porque, se vier mais encomendas, a empresa não vai conseguir atender”, disse o presidente da Abimaq, José Velloso, em conferência online.

Segundo ele, o setor está em melhores condições do que no ano passado, quando o choque da primeira onda da pandemia pegou a indústria de transformação desprevenida. Apesar disso, alguns segmentos mais ligados a empresas mais impactadas por medidas de isolamento social, como fabricantes de máquinas para food service, seguem fragilizados.

“Quem vende máquina para food service está mal…Ninguém mais come na rua…Mas, de uma forma geral, o desespero não é tão grande como foi no ano passado”, disse Velloso.

Ele acrescentou que há no setor de máquinas pleitos para redução de jornada de trabalho, com possibilidade de layoff e pagamento de parcela do seguro-desemprego pelo governo, e retorno de linhas de financiamento liberadas no ano passado.

A expectativa da Abimaq para crescimento das vendas do setor é de 13,5% em 2021. Para investimentos, a previsão da entidade é de 7 bilhões de reais, ante 5,1 bilhões registrados em 2020.

O presidente da Abimaq também citou que o setor segue pressionado por escassez na oferta de aço, algo que, segundo ele, apenas vai se normalizar a partir do segundo semestre.

“Estamos com problema no abastecimento do aço, a situação continua terrível, o preço subiu muito em função do desabastecimento”, disse Velloso, referindo-se aos preços da liga que foram reajustados nos últimos meses em 60% a mais de 100%, em alguns casos, no mercado distribuidor.

 

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