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Indústria de chips dos EUA discute lei que beneficia Intel, diz reuters

18 jul 2022, 10:55 - atualizado em 18 jul 2022, 10:55
Intel
AMD, Qualcomm e Nvidia projetam seus próprios chips, mas contratam parceiros para fabricá-los e não veriam nenhum benefício direto de subsídios (Imagem: Reuters/Sergio Perez)

Várias empresas de semicondutores dos Estados Unidos estão discutindo se devem se opor a um pacote de subsídios à indústria de chips se a proposta final da lei que aguarda votação no Senado norte-americano beneficiar desproporcionalmente fabricantes como a Intel, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.

As medidas incluem 52 bilhões de dólares em subsídios e um crédito fiscal de investimento para impulsionar a indústria de chips norte-americana.

Mas uma ruptura está surgindo dentro da própria indústria, com algumas companhias preocupadas que o projeto final possa fornecer suporte desproporcional a empresas como a Intel, fazendo pouco para apoiar outras companhias como AMD, Qualcomm e Nvidia.

A Intel, juntamente com empresas como Texas Instruments e Micron Technology, projetam e fabricam seus próprios chips.

Essas empresas se beneficiariam dos 52 bilhões de dólares em subsídios da Lei dos Chips para construção de fábricas e também de um crédito fiscal de investimento para compra de ferramentas para uso dentro de suas fábricas previsto por outra iniciativa chamada Lei FABS.

AMD, Qualcomm e Nvidia projetam seus próprios chips, mas contratam parceiros para fabricá-los e não veriam nenhum benefício direto de subsídios para construção de fábricas ou suporte fiscal para ferramentas.

As empresas apoiam uma versão separada da Lei FABS introduzida na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que contém tanto o crédito fiscal de fabricação quanto para atividades de design de chips que as beneficiariam diretamente.

Essa versão da Lei FABS – que é mais satisfatória para um grupo mais amplo de companhias da indústria de chips – também é aquela que a Associação da Indústria de Semicondutores dos Estados Unidos, pediu que os parlamentares aprovassem.

A legislação atual do Senado não contém nenhum crédito fiscal de design de chips, o que levou algumas empresas dos EUA, a debaterem oposição ao projeto de lei do Senado se a linguagem final que chegar ao plenário não tiver crédito fiscal para atividades de design, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.

“Você tem a Intel que pode receber 20 bilhões de dólares com a Lei dos Chips mais 5 bilhões ou 10 bilhões de dólares sob a Lei FABS. Então, 30 bilhões de dólares vão para o seu concorrente direto e você não recebe um centavo? Isso vai causar problemas no mercado”, disse uma fonte de uma das empresas do setor.

A Nvidia se recusou a comentar.

Porta-vozes da AMD, Qualcomm e Intel não se manifestaram.

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