Economia

Indústria classifica decisão do Copom como ‘excessivamente conservadora’

19 jun 2024, 19:31 - atualizado em 19 jun 2024, 19:31
produção industrial brasil reuters
 CNI já havia criticado a decisão do Copom em maio de cortar a Selic em apenas 0,25 ponto percentual. (Imagem: REUTERS/Lindsey Wasson)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a manutenção da Selic a 10,5% ao ano, classificando a decisão anunciada pelo Copom nesta quarta-feira (19) como o “inadequada e excessivamente conservadora”.

Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, a decisão só irá impor restrições adicionais à atividade econômica, com reflexos negativos sobre o emprego e a renda, sem que, segundo ele, o quadro inflacionário exija tamanho sacrifício.

“A manutenção do ritmo de corte na Selic seria o correto, pois contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado pelas empresas e pelos consumidores, sem prejudicar o controle da inflação”, defendeu em nota.

A CNI já havia criticado a decisão do Copom em maio de cortar a Selic em 0,25 ponto percentual, dizendo que a redução da taxa poderia ser mais expressiva.

Decisão sobre Selic foi unânime

A decisão desta quarta de manter a Selic no patamar de 10,50% ao ano foi unânime. Campos Neto Gabriel Galípolo votaram pela manutenção dos juros, acompanhados por Ailton Santos, Carolina Barros, Diogo Guillen, Otávio Damaso, Paulo Picchetti, Renato Gomes e Rodrigo Teixeira.

“O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”, disse em comunicado.

Para o Copom, a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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