Mercados

Índices de NY perdem mais de 4% em agosto; o que deu errado?

31 ago 2022, 19:23 - atualizado em 31 ago 2022, 19:23
Jerome Powell
Jerome Powell é o grande ‘vilão’ para as bolsas americanas em agosto (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via REUTERS)

Os índices acionários de Nova York terminam o pregão da quarta-feira (31) em queda, acompanhando aversão à risco que tomou as principais bolsas internacionais.

Ao fim do pregão, o Dow Jones recuou 0,88%, o S&P 500 perdeu 0,78% e o Nasdaq cedeu 0,56%. 

As quedas do dia colocaram os três índices abaixo da média dos últimos 50 dias, fazendo com que as bolsas entrem em setembro valendo o mesmo que valiam em junho. Ao fim de agosto, o Dow Jones — que une as 30 ações mais negociadas nos EUA —  caiu 4,1% em agosto; o S&P 500 — o mais amplo, contempla 500 ações de diferentes setores da economia — caiu 4,2%; o Nasdaq — a  bolsa eletrônica com grande peso das big techs — apresentou queda de 4,6%.

Do rali de verão à Jackson Hole: você entendeu o mês?

O mau desempenho final pode parecer incompreensível para quem acompanhou as bolsas americanas nos primeiros quinze dias do mês.  Durante o curto período, uma boa temporada de balanços e dados inflacionários animadores desencadearam uma euforia entre os investidores que levou ao ‘rali de verão’; a corrida para a compra de ações atingiu especialmente setores até então subvalorizados, como consumo e tecnologia.

Mas logo a festa teve fim. Preocupações com forças inflacionárias no cerne da economia americana se elevaram à medida que dados de emprego mostraram um mercado de trabalho aquecido, ao passo que índices de atividade econômica em diferentes setores começaram a acusar o início de  uma desaceleração mais disseminada.

O golpe final ao ânimo de verão foi desferido em menos de 10 minutos por Jerome Powell na última sexta-feira. Em fala no simpósio de Jackson Hole, o presidente do Federal Reserve afastou ‘meios compromissos’ do Banco Central no combate à inflação americana e foi categórico ao informar que o aperto monetário causará dor aos negócios e às famílias.

A fala do presidente do Fed mexeu com os mercados dos títulos da dívida americana, elevando o rendimento das Treasuries nas duas pontas da curva acima de 3%, um marco considerado perigoso para os mercados acionários.

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