Índices de NY apresentam fraqueza e fecham com viés negativo; dados econômicos e Jackson Hole são os vilões do dia

Índices acionários de Nova York fecharam a terça-feira (23) com viés majoritariamente negativo, na esteira de dados econômicos preocupantes e ansiedade pré-Jackson Hole tomando conta dos ânimos dos investidores.

Ao término do pregão, o Nasdaq encerrou estável, o S&P e o Dow Jones perderam, respectivamente, 0,22% e 0,47%. É a terceira queda consecutiva para o Dow, que volta a ser negociado abaixo dos 33 000 pontos.

Dados econômicos com cara de recessão

Os mercados hoje repercutiram a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, industrial e de serviços. Em todas as categorias de análise, a S&P Global, autora do indicador, encontrou sinais de fraqueza da economia americana.

O PMI composto chegou a 45,0 pontos em agosto, puxado por um acentuado declínio da atividade econômica oriunda dos serviços. Se descontado o período de março a maio de 2020, quando a primeira onda atingia o ápice nos EUA, o resultado de agosto é o pior em mais de uma década.

Para a Capital Economics, o tombo do PMI composto pode indicar uma contração de até 3% no PIB anualizado.

Outro dado acompanhando por Wall Street foi a venda de novos imóveis em julho. Segundo Departamento de Casas e Desenvolvimento Urbano dos EUA , houve uma queda de 12,6% nas vendas, com relação a junho. O declínio é de quase 30% na comparação anual.

Os preços, contudo, ainda continuam elevados para a maioria das famílias americanas.

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Jackson Hole em foco

Resultados dos indicadores da terça-feira são sinais nítidos de uma desaceleração na economia americana, mas preços em diferentes setores ainda permanecem elevados.

O combate determinado à inflação de 9,1% deverá ser a mensagem central de fala de Jerome Powell, presidente do Fed, no simpósio de Jackson Hole.

O evento, que conta com banqueiros internacionais e dirigentes do Fed, pode sacramentar o caminho mais ‘hawkish’ do Fed nos encontros remanescentes. O prospecto de uma posição mais dura da autoridade monetária penaliza desde já os mercados, que acabam de sair de um ‘rali de verão’.

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