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Índice Zara: Brasil é o País mais caro para se comprar na varejista entre 44 países

07 jan 2019, 20:05 - atualizado em 07 jan 2019, 20:08
(Reprodução/Internet)

De acordo com o Índice Zara, elaborado por Fabio Monteiro e Luiz Guanais do banco BTG Pactual e divulgado nesta segunda-feira (7), que compara uma cesta de 12 produtos da varejista em 44 países em que opera, a valorização do dólar incrementou a competitividade de alguns mercados, mas tornou a rede nos Estados Unidos uma das mais cara no mundo. O Brasil, no entanto, foi uma exceção à tendência dos mercados locais. Mesmo com o real perdendo valor ante ao dólar, por aqui, ficou mais caro comprar na Zara.

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O principal motivo para isso, apontam os analistas, foi a incerteza das eleições presidenciais de 2018. O resultado foi uma alta de 18% da cesta de produtos da Zara no Brasil – uma mudança drástica, para dizer o mínimo, já que os produtos estavam 22% mais baratos em 2016.  Em 2014, os preços no Brasil bateram recorde e foram os mais caros do mundo, com uma taxa 21,5% maior do que a do país norte-americano.

Regulação fiscal, complexidade no sistema de taxação e uma logística complicada são alguns dos principais obstáculos para quem deseja fazer negócio no Brasil, argumenta o relatório. “No caso da Zara, a subsidiária brasileira tem uma operação de manufatura diferente que a adotada pela estratégia global, em que a distribuição é centralizada e 57% das fábricas se encontram em países próximos, como Espanha e Portugal”, afirmam Monteiro e Guanais.

Outro ponto colocado é que o risco do mercado externo da empresa é maior em território brasileiro. Muito pouco é produzido localmente quando comparado ao ritmo de dez anos atrás, quando a produção da empresa totalizava 40%. Atualmente, 1,3% das fábricas da Zara estão concentradas no Brasil e na Argentina.

Índice Zara 2018 (sem ajustes inflacionários) – Margem de preço em relação aos Estados Unidos:

Índice Zara 2018 (com ajustes inflacionários) – Margem de preço em relação aos Estados Unidos:

“Não esperamos que as principais barreiras impostas sobre os varejistas estrangeiros caiam muito nos próximos anos”, revelam os associados do BTG. “Mas as coisas não estão às mil maravilhas para os comerciantes locais também. Disciplina e foco nos processos e controles continuam sendo o tema principal para se destacar no setor”.

Monteiro e Guanais chamam a atenção para as Lojas Renner (LREN3), que possui bastante espaço para crescer. No e-commerce, a B2W (BTOW3) e a Magazine Luiza (MGLU3) são dois outros destaques, apresentando bom foco e níveis elevados de serviço.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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