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Índice norte-americano S&P 500 lidera rentabilidade na década

23 dez 2019, 15:24 - atualizado em 23 dez 2019, 16:23
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Os ganhos no mercado de ações dos EUA foram alimentados pelos setores de tecnologia e consumo discricionário (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

As ações dos EUA estão perto de fechar a década com o ciclo mais longo de alta da história. O rali, que começou em 9 de março de 2009, evitou por um certo tempo entrar em um mercado de baixa várias vezes nos últimos 10 anos, por enquanto, parece a caminho de continuar em 2020.

Com menos de duas semanas para a década acabar, o índice acionário S&P 500, com dividendos reinvestidos, superou facilmente outras das principais classes de ativos e commodities de referência, subindo mais de 250%.

O Bloomberg Barclays US Aggregate Bond Index, índice que inclui títulos do Tesouro, títulos corporativos e outros produtos de renda fixa, subiu 47%. No outro extremo do espectro, o petróleo bruto WTI perdeu mais de 20% no mesmo período.

Impulsionado em parte pela política monetária de acomodação do Federal Reserve, que levou o rendimento dos títulos a taxas mínimas históricas, o S&P 500 foi o índice de referência de desempenho com melhor performance na década, dentre as dez maiores economias globais.

Mas, embora esse tenha sido o mais duradouro ciclo de alta já registrado, a década ficou aquém do que foi mostrado em várias décadas anteriores para as ações.

O melhor período dos últimos oito – datando da década de 1940 – foram os anos 1990, quando a alta superou 300%, seguidos pelos anos 1950 e 1980, ambos com valorização acima de 200%.

Os ganhos no mercado de ações dos EUA foram alimentados pelos setores de tecnologia e consumo discricionário, cada um subindo mais de 300% na década.

O setor de energia foi o grupo mais fraco, evitando ficar no negativo por pouco – subiu apenas 4,3% no fechamento de 19 de dezembro.

Enquanto os investidores praticamente não mostraram preferência entre ações de crescimento ou de valor nos primeiros anos da década, o crescimento como um estilo de investimento superou facilmente as ações de valor na última etapa da década que se encerra em 31 de dezembro.

A preferência por nomes de crescimento também se reflete no desempenho de ações individuais ao longo da década, liderado pelo ganho no Netflix, que alcançou 4.100% até o final de 19 de dezembro.

Na retaguarda havia vários nomes de energia, com a Apache sofrendo o pior desempenho, caindo quase 80% ao longo do período de 10 anos.

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