Índice de miséria interrompe trajetória de piora e pode ajudar popularidade de Temer
O índice de miséria, que une dados de desemprego e inflação, começa a dar sinais de que está perto de interromper o longo ciclo de piora para engatar um período de alívio para a população brasileira. Segundo o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, o indicador deve apresentar significativo recuo ao longo dos próximos meses.
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“A desastrada política econômica implementada no governo Dilma I deixou como herança as sementes da alta inflacionária (principalmente a desancoragem das expectativas) e o fortíssimo aumento da taxa de desemprego (destruição de milhões de postos de trabalho). Essa indigesta combinação fez aumentar aquilo que os economistas chamam de índice de miséria (ou taxa de desconforto) que é a combinação linear entre essas duas taxas”, diz.
Segundo ele, um dos principais motivos para essa mudança está na queda das projeções inflacionárias e da inflação em 2016, o que impactou os preços dos grupos dos serviços cíclicos.
“Acreditamos que o índice de miséria deve apresentar significativo recuo ao longo dos próximos meses, seja por conta da continuidade da desaceleração da taxa de inflação no acumulado em doze meses, seja por conta do esperado recuo da taxa de desemprego a partir de meados do segundo trimestre de 2017”, aponta. Isso, para Oliveira, pode afetar a popularidade do governo Temer em 2018, ano eleitoral.