Índice de inflação preferido do Fed sobe 0,3%, mas otimismo do mercado melhora

Um dos indicadores mais importantes de inflação dos Estados Unidos, o chamado índice PCE (índice de preços de consumo pessoal), subiu 0,3% em setembro, em relação a agosto. No acumulado do ano, a alta foi de 6,2%.

Em relação ao núcleo do PCE, que exclui alimentação e energia, a alta na relação mensal foi de 0,5%, enquanto na base anual os ganhos foram de 5,1%. Os dados, divulgados há pouco pelo Departamento de Comércio dos EUA, estão em linha com as projeções do mercado

Já a renda pessoal nos Estados Unidos cresceu 0,4% em setembro na comparação com o mês anterior; também segundo dados divulgados há pouco pelo Departamento do Comércio do país.

Os gastos com consumo, por sua vez, avançaram 0,6% no período – acima da projeção de 0,4%.

Mercado otimista

Apesar da alta, o mercado recebeu bem o resultado do indicador. Isso porque, ontem, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) para o terceiro trimestre apresentou alta de 2,6%.

“O comportamento geral da economia americana continua desafiando o combate à inflação, mostrando-se forte e resiliente frente aos aumentos de juros promovidos pelo banco central americano”, afirma Carlos Vaz, CEO e fundador da Conti Capital. “Hoje, com a divulgação do PCE, essa percepção pode ser revalidada e pode dar um clima um pouco mais otimista ao mercado, indicando que em 2023 os EUA, muito provavelmente, conseguirão evitar uma recessão”.

Ainda assim, o Federal Reserve deve seguir com sua postura de aperto monetário, apresentando aumentos entre 0,50 e 0,75 ponto porcentual até o final deste ano.

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Os futuros do Fed funds seguem mostrando uma maior probabilidade de uma alta de 0,75 pp na reunião de novembro do Fed.

Segundo a CME Group, após a divulgação dos dados, a possibilidade de alta de 0,75 pp atingiu a marca de 84,5%. Os outros 15,5% se concentram na alta de 0,50 pp.

Até ontem, as apostas estavam em 88,5% para 0,75 pp e 11,5% para 0,50 pp.

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