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Índice de inadimplência do Bradesco vai a 4,8% no trimestre

01 nov 2017, 11:32 - atualizado em 05 nov 2017, 13:52

O índice de inadimplência do Bradesco, considerando atrasos acima de 90 dias, teve a sua terceira melhora consecutiva no terceiro trimestre. O indicador foi a 4,8% ao final de setembro, com queda de 0,1 ponto porcentual na comparação com o visto ao término de junho, de 4,9%. Em um ano, a melhora dos calotes chegou a 0,6 p.p. A redução do índice de inadimplência, conforme explica o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, foi motivada pela melhora dos calotes nos segmentos de pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas.

No caso dos indivíduos, o indicador baixou de 6,21% em junho para 5,80% em setembro enquanto nos pequenos grupos recuou de 7,20% para 6,79%, respectivamente. Na contramão, a inadimplência das grandes empresas voltou a subir no terceiro trimestre. O indicador passou de 1,52% para 1,80% em setembro. Em um ano, porém, houve queda de 0,20 p.p.

O Bradesco destaca ainda, em relatório, que vendeu carteiras, sem retenção de riscos e benefícios, já baixados para prejuízo, no montante de R$ 4,5 bilhões durante o terceiro trimestre, conforme antecipou a Coluna do Broadcast, no final de julho. Esses créditos, segundo fontes, teriam sido adquiridos pela Ativos, gestora de empréstimos vencidos e inadimplentes do Banco do Brasil, a RCB Investimentos e ainda a Megaware, novata neste mercado. O movimento, de acordo com o Bradesco, não alterou seus índices de inadimplência do período. “O valor da venda destas carteiras não impactou de forma relevante o resultado”, acrescenta o banco.

Curto prazo

A inadimplência de curto prazo, compreendendo as operações vencidas de 15 a 90 dias, do Bradesco, porém, teve piora. O indicador passou de 4,19% em junho para 4,34% em setembro. A deterioração do índice ocorreu por conta da piora dos calotes junto às grandes empresas, cuja inadimplência de curto prazo subiu de 1,44% para 1,85%, nesta ordem. O indicador da pequena e média empresa também piorou, passando de 5,45% em junho para 5,52% em setembro. Somente pessoa física apresentou melhora, de 5,51% para 5,51%.

Provisões

As despesas com provisão para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Bradesco totalizaram R$ 3,822 bilhões no terceiro trimestre, redução de 33,4% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 5,742 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, de R$ 4,970 bilhões, teve retração de 23,1%.

Com isso, o saldo de PDDs da instituição totalizou R$ 36,557 bilhões de julho a setembro, declínio de 9,5% de um ano, quando estava em R$ 40,416 bilhões. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, de R$ 37,536 bilhões, caiu 2,6%. “Os níveis de provisão são considerados adequados e suficientes para suportar eventuais mudanças de cenários, como o aumento do nível de inadimplência e/ou alteração no perfil da carteira de crédito”, conclui o Bradesco.

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