Índice de fundos imobiliários cai pela quinta semana; custo da construção civil sobe
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou com queda de 0,19%, aos 2.853 pontos, em mais um pregão de baixo volume de negócios e volatilidade.
Com isso, o Ifix engata a quinta semana consecutiva de sinal negativo, ao cair 0,89%, e caminha para ter a maior queda percentual mensal desde março de 2020, quando tombou 15,8% em meio ao estouro da pandemia de covid-19 no Brasil e no mundo.
“Todos os segmentos do Ifix têm desempenho negativo no mês, com destaque para os fundos de tijolo, que acumulam as maiores perdas”, comenta o especialista em FIIs da Manchester Investimentos, Guilherme Palma.
Ele ressalta que a alta dos juros futuros no mês, em meio às incertezas fiscais do novo governo, impactaram diretamente no “valuation” dos fundos de tijolo. “Tivemos ainda os impactos na distribuição dos fundos de CRI [Certificado de Recebíveis Imobiliários] mais expostos ao IPCA que ainda sentem os impactos da deflação registrada por três meses seguidos”, comenta.
No pregão, o fundo que teve a maior alta foi BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11), que subiu 2,98%, enquanto o Hedge TOP (HFOF11) liderou as perdas, de 2,63%.
Na semana, o fundo Bluemacaw Renda (BLMR11) liderou as altas, de 2,99%. Já o Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) exibiu o maior recuo, de 5,63%.
5 fundos imobiliários que mais subiram na semana
Fundo | Ticker | Variação |
---|---|---|
Bluemacaw Renda | BLMR11 | 2,99% |
RBR Rendimento High Grade | RBRR11 | 2,60% |
Suno Recebíveis Imobiliários | SNCI11 | 2,36% |
Malls Brasil Plural | MALL11 | 2,12% |
Suno Fundo de Fundos | SNFF11 | 1,78% |
5 fundos imobiliários que mais caíram na semana
Fundo | Ticker | Variação |
---|---|---|
Brazilian Graveyard and Death Care | CARE11 | -5,63% |
Hedge TOP | HFOF11 | -5,26% |
BTG Pactual Agro Logística | BTAL11 | -5,19% |
Green Towers | GTWR11 | -4,73% |
XP Properties | XPPR11 | -4,37% |
Custo da construção civil
O custo da construção civil exibiu leve aceleração em novembro, para 0,14%, de 0,04% em outubro, como mostra o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) da FGV. No ano, o índice acumula avanço de 9,11%, enquanto sobe 9,44% em 12 meses. Em novembro de 2021, o indicador teve taxa positiva de 0,71%.
Por outro lado, os resultados indicam que a taxa do índice relativo a materiais, equipamentos e serviços caiu 0,23% este mês, de -0,21% em outubro. Já a taxa relativa ao índice da mão de obra também registrou avanço, saindo de 0,31% no mês passado para 0,53% em novembro.
No recorte regional, duas capitais tiveram alta nas taxas de variação. Brasília disparou para 2,12% (de -0,16% em outubro), na maior variação do mês, enquanto Porto Alegre apresentou variação positiva de 0,31%.
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