Índice de frete do Báltico recua pela 12ª sessão consecutiva em meio à fraca demanda
O principal índice de frete marítimo da Bolsa do Báltico recuou nesta segunda-feira pela 12ª sessão consecutiva, pressionado pelo enfraquecimento da demanda em vários segmentos em meio ao impacto do surto de coronavírus na China à atividade dos navios.
O índice do Báltico, que compreende as taxas de navios capesize, panamax e supramax para o transporte de commodities sólidas, teve queda de 21 pontos, ou 4,3%, para 466 pontos.
Já o índice capesize cedeu 82 pontos, para 102 pontos negativos.
As receitas diárias médias para capesizes, que costumam transportar cargas de 170 mil a 180 mil toneladas, incluindo minério de ferro e carvão, tiveram queda de 307 dólares, para 3.666 dólares.
Nesta segunda-feira, os contratos futuros do minério de ferro e do aço negociados na China recuaram aos limites diários, com a matéria-prima siderúrgica registrando a maior baixa em quase 15 meses, diante de temores de que uma epidemia viral leve à redução da demanda e represente um forte golpe à economia local.
O surto do vírus, cujo epicentro é Wuhan, causou 361 mortes até domingo, com 17.205 casos confirmados no país, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China.
O índice panamax declinou 28 pontos, ou 4,9%, para 546 pontos.
Os ganhos diários médios para os panamax, que geralmente transportam cargas de carvão ou grãos de 60 mil a 70 mil toneladas, tiveram queda de 253 dólares, para 4.910 dólares.
O índice supramax, por fim, cedeu 3 pontos, a 521 pontos.