Economia

Índice de Consumo das Famílias Paulistanas fica estável em outubro

26 out 2018, 17:23 - atualizado em 26 out 2018, 17:23

Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) indica estabilidade do Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) neste mês. O IFC manteve-se em 87,5 pontos, igual ao de setembro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, porém, o índice subiu 9%.

Dos sete itens que compõem o indicador, três subiram, três tiveram retração e um manteve-se estável. O que teve melhor avaliação o de perspectiva profissional, que aumentou 3,3%, passando de 111,8 pontos em setembro para 115,5 em outubro. De acordo com o levantamento, 54% dos paulistanos entrevistados acreditam que o provedor familiar terá alguma melhoria profissional nos próximos seis meses.

O item que avalia o emprego atual ficou estável em 110,1 pontos (-0,1%). Na comparação com outubro do ano passado houve crescimento de 6,8%. De acordo com a FecomercioSP, o índice mostra que a maioria dos paulistanos sente-se segura no emprego, já que a pontuação que avalia a percepção dos consumidores passa de 100.

A estagnação no ICF de outubro é explicada pela retração dos itens que abordam diretamente a intenção de consumo das famílias paulistanas. No item de nível de consumo atual, houve retração de 2,1%, ao passar de 60,3 pontos em setembro para 59 pontos no mês atual.

Mesmo com aumento de 13% na comparação com o mesmo mês de 2017, o estudo mostra que 55% dos entrevistados estão comprando menos do que há um ano. A FecomercioSP estima que as famílias estejam com dificuldade de aumentar o consumo no curto prazo, apesar da melhora da avaliação sobre a renda e de questões profissionais.

O item com pior avaliação do mês foi o de momento para duráveis: a intenção de compra de bens como geladeira, fogão e televisão caiu 6,8%, marcando 56,6 pontos.

No item de acesso ao crédito, houve recuo de 1,1%, voltando a 84,7 pontos. De acordo com a FecomercioSP, 43% das famílias dizem que está mais difícil conseguir crédito para comprar a prazo.

Na análise por faixa de renda, os resultados foram divergentes: entre famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, o ICF teve alta de 0,7%, passando para 85,8 pontos, e entre as que recebem mais de 10 salários, caiu 1,9%, atingindo 92,5 pontos em outubro.

De acordo com a FecomercioSP, apesar da melhora no sentimento em relação a emprego e renda, as famílias ainda estão endividadas e com dificuldade de pagar as contas em atraso, o que limita a capacidade de consumo. Além disso, a inflação está um pouco mais elevada, e o crédito, mais seleto. Esse aumento anual do ICF é que vai colaborar para o esperado crescimento das vendas do varejo do último bimestre, mas ainda a um ritmo lento, diz a entidade.

O ICF é apurado com dados de 2,2 mil consumidores de São Paulo. O indicador é composto pelos itens: emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito; nível de consumo atual; perspectiva de consumo; e momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos – abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos, satisfatório.

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