Ibovespa (IBOV) descola do mau humor de Wall Street com risco de nova alta do Fed; veja os indicadores desta terça (17)
Nesta manhã, a agenda de indicadores acordou com foco aos dados do IGP-10 e ao volume de serviços, no qual apontou queda no mês de agosto. Além disso, saíram os dados dos Estados Unidos de vendas no varejo, sinalizando uma demanda resiliente e mercado de trabalho forte.
Em Wall Street, os índices abriram em queda, com impulso do aumento dos rendimentos dos Treasuries após fortes dados de vendas e queda de fabricantes de chips. Além disso, os dados de vendas no varejo subiram mais do que o esperado em setembro, abrindo espaço para nova alta nos juros por parte do Federal Reserve.
Por volta de 12h20, o Ibovespa (IBOV) avançava +0,26% a 116.779 mil pontos. Já em Wall Street, S&P 500 caia 0,24%, Dow Jones 0,09% e Nasdaq esfriava 0,50%.
- VEM DIVIDENDOS POR AÍ? Petrobras pode repassar ganhos com alta do petróleo para os investidores? Veja o que esperar de PETR4 no Giro do Mercado, é só clicar aqui!
Giro dos Indicadores: Confira os dados que saíram na manhã desta terça-feira (17)
Brasil
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), registrou uma variação de 0,52% em outubro, ante 0,18% em setembro. Com isso, o índice acumulou -4,65% no ano e de -4,88% em 12 meses.
Na comparação anual, o índice havia desacelerado 1,04% em setembro, acumulando 7,44% em 12 meses.
Nas composições do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), no qual responde por 60% do indicador geral, apontou uma variação de 0,61%, ante a queda de 0,23% em setembro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), no qual responde por 30% do indicador geral, apontou uma alta de 0,25% em outubro, ante 0,02% em setembro.
Por fim, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), no qual responde por 10% do indicador geral, apontou uma variação de 0,36% em outubro, ante 0,18% em setembro.
Em agosto de 2023, o volume de serviços no Brasil caiu 0,9% na comparação mensal. Embora os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrem uma alta de 11,6% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, o setor está 1,9% abaixo de dezembro de 2022.
O resultado acumulado em doze meses passou de 6% em julho para 5,3% em agosto, mostrou perda de dinamismo e o resultado menos intenso desde agosto de 2021, quando registrou 5,1%.
Estados Unidos
O Índice de Vendas no Varejo subiu mais do que o esperado em setembro, demonstrando uma demanda resiliente. Segundo o Departamento de Comércio, a alta foi de 0,7%, ante os 0,8% em agosto, com dados revisados. Os dados, que não incluem gasolina, também avançaram 0,7%.
Já o Índice NAHB de Mercado Imobiliário, permaneceram acima de 7% nos dois últimos meses, uma vez que os níveis de sentimento caíram para o ponto mais baixo desde janeiro de 2023.
Por fim, o Índice de Produção Industrial, registrado pelo Federal Reserve, avançou 0,4% em setembro, com dados revisados para baixo, mostrando uma queda de 0,1% na produção das fábricas, ao invés de +0,1% registrado anteriormente. Na comparação anual, o índice caiu 0,8%.
Europa
O Indicador ZEW de Sentimento Econômico da Zona do Euro, apontou um avanço de 2,4 pontos, atingindo -12,3 pontos em outubro.
* Com dados da Reuters