Ibovespa (IBOV) sobe após variação no IGP-M e alta no Relatório Trimestral de Inflação; veja os indicadores desta quinta (28)
Nesta manhã, a agenda de indicadores acordou com foco aos dados do Relatório Trimestral de Inflação, mediado pelo Banco Central, e ao IGP-M de setembro, mediado pelo FGV Ibre.
Além disso, movimentando o mercado internacional, saíram os dados do PIB do segundo trimestre de 2023 e pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos.
Em Wall Street, os índices abriram em baixa, com impulso das preocupações persistentes com a política monetária restritiva prolongada. No aguardo de comentários do chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, investidores avaliavam os dados econômicos.
Por volta de 12h08, o Ibovespa (IBOV) subia 0,81% a 115.257 mil pontos. Já em Wall Street, S&P 500 subia 0,41%, Dow Jones 0,33% e Nasdaq avançava 0,33%.
- Por que o dólar disparou? Assista ao Giro do Mercado desta quinta-feira (28) clicando aqui e saiba o que esperar da moeda agora e ainda, se é hora de comprar.
Giro dos Indicadores: Confira os dados que saíram na manhã desta quinta-feira (28)
Brasil
O Banco Central (BC) afirma que a possibilidade de o IPCA superar o teto da meta (4,75%) neste ano é de 67%, contra 61% antes, mostra o Relatório Trimestral de Inflação. Para 2024, a chance de estouro do limite passou de 21% para 24%.
Medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,92%, após a queda de 0,76% em julho. Com esse resultado, o índice acumulado em 12 meses atingiu uma queda de 10,51%, ante o recuo de 14,02% em julho.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), variou 0,37% neste mês, ante a queda de 0,14% em agosto. Assim, o índice acumula uma taxa de -4,93% ao ano e -5,97% em 12 meses. Na comparação anual o índice havia caído 0,95%, acumulando alta de 8,25% em 12 meses.
Nas composições do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do indicador geral, apontou uma variação de 0,41%, ante a queda de 0,17% em agosto.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do indicador geral, variou 0,27% em setembro, ante a queda de 0,19% em agosto.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), representando 10% do indicador geral, variou 0,24% neste mês, repetindo a taxa do mês anterior.
Ainda mediado pelo FGV Ibre, saíram os dados do Índice de Confiança do Comércio (ICOM), que registrou um recuou de 1,6 ponto em setembro, para 92,2 pontos. É a primeira queda depois de cinco altas consecutivas. O nível médio móvel trimestral também caiu, em 0,7 ponto.
Por fim, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,5 ponto, para 96,9 pontos, ante a queda de 0,6 ponto em agosto. Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve ligeiramente estável com variação de 0,1 ponto.
Estados Unidos
Segundo o Departamento do Trabalho, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 2 mil, atingindo um total de 204 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 23 de setembro. A previsão dos economistas era de 215 mil pedidos.
Apesar de alta, os pedidos se enquadraram no nível mais baixo da faixa de 194 mil a 265 mil no ano.
Na terceira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para o período de abril a junho, o Departamento de Comércio registrou uma taxa anualizada não revisada de 2,1% no trimestre passado.
Com isso, o crescimento do primeiro trimestre foi revisado para cima, em uma taxa de 2,2% comparada ao ritmo de 2,0%, informado anteriormente.
Por fim, o Índice de Vendas Pendentes de Casas, apurado pela Associação Nacional de Corretores de Imóveis, registrou queda de 7,1%, para 71,8, em julho e atingiu a maior queda desde setembro de 2022. Em uma base anual, as vendas pendentes caíram 18,7%.
Europa
Na Alemanha, saíram os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) harmonizados de setembro. Em comparação a outros países da União Europeia, houve alta de 4,3% na base anual.
Já na Zona do Euro, saíram os dados de confiança econômica, nos quais houve um registro de queda pelo quinto mês consecutivo.
Segundo a Comissão Europeia, o sentimento econômico nos 20 países que compartilham o euro caiu para 93,3 pontos em setembro, em comparação com os 93,6 pontos de agosto em dado revisado.