Volátil, Ibovespa (IBOV) tenta encontrar rumo após falas de Haddad; veja os indicadores desta segunda (30)
O Ibovespa opera com forte volatilidade em meio às falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concedeu entrevista coletiva com jornalistas em Brasília.
Por volta de 12h05, o Ibovespa (IBOV) caia 0,07%, a 113.187 mil pontos. Já em Wall Street, S&P 500 subia 0,78%, Dow Jones avançava 1,04% e Nasdaq subia 0,92%.
Haddad disse nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar na semana passada que será difícil atingir a meta de déficit fiscal zero no próximo ano, não está “sabotando o país”, mas apenas constatando problemas que precisam ser “reformados e saneados”.
O ministro apontou que o patamar alto dos juros e a manutenção de gastos tributários exagerados ao longo dos últimos anos são as causas da erosão da base fiscal e que a questão das finanças do país não é discutida há dez anos.
Nesta manhã, a agenda de indicadores acordou com foco ao último Relatório Focus antes do Copom, que acontecerá na terça-feira (31) e quarta-feira (1). Além disso, saíram os dados do IGP-M, apurado pelo FGV Ibre.
Em Wall Street, os índices abriram em alta, com impulso da semana agitada por balanços e decisões de bancos centrais sobretaxas de juros, incluindo o Federal Reserve.
O papel da Braskem (BRKM5) lidera o ranking de baixas do Ibovespa nesta manhã, recuando 3,42%, enquanto a CCR (CCRO3) lideram em altas, com +3,13%.
- Risco fiscal: Por que fala de Lula começou um incêndio na Faria Lima (e como Haddad vai contornar isso); Assista ao Giro do Mercado clicando aqui e veja o que esperar:
Giro dos Indicadores: Confira os dados que saíram na manhã desta segunda-feira (30)
Brasil
Os economistas consultados pelo Banco Central voltaram a reduzir as projeções para a inflação para 2023. No entanto, para 2024, as expectativas estão piores.
Segundo os dados do Relatório Focus, agora, a expectativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano feche em 4,63%, ante os 4,65% projetados na semana passada. Para 2024, a projeção passou de 3,87% para 3,90%.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), registrou variação de 0,50% em outubro, ante a alta de 0,37% em setembro. Com isso, o índice acumula -4,46% no ano e de -4,57% em 12 meses. Na comparação anual, o índice havia desacelerado 0,97% em outubro, acumulando 6,52% em 12 meses.
Nas composições do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), no qual responde por 60% do indicador geral, apontou um aumento de 0,60%, ante a alta de 0,41% em setembro.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), no qual responde por 30% do indicador geral, apontou uma variação de 0,27%, a mesma de setembro.
Por fim, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), no qual responde por 10% do indicador geral, apontou uma variação de 0,20% em outubro, ante 0,24% em setembro.
Já o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) e o Índice de Confiança de Serviços (ICS), ambos também apurados pelo FGV Ibre, apresentaram queda em outubro.
Enquanto o ICOM caia 3,0 pontos, para 89,2 pontos, com uma queda de 0,8 ponto em médias móveis trimestrais, o ICS recuava 1,6 ponto, para 95,3 pontos, com um recuo de 0,9 ponto em médias móveis trimestrais.
Estados Unidos
O Índice de Atividade das Empresas, apurado pelo Federal Reserve de Dallas, apresentou dados positivos nesse mês de outubro. Segundo a pesquisa Texas Manufacturing Outlook Survey, o índice de produção caiu para 5,2 pontos, registrando uma leitura que sinaliza um ritmo modesto de expansão da produção.
No entanto, a percepção das condições empresariais mais amplas continuou a piorar. Os índices gerais de atividade empresarial e de perspectivas das empresas, registraram resultados praticamente inalterados de -19,2 e -17,1, respectivamente.
Já o índice de incerteza das perspectivas, apesar de permanecer elevado, recuou de 27,0 para 20,2.
Europa
Na Alemanha, a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) mostrou resultados inalterados para outubro. Segundo o Departamento de Estatísticas (Destatis), o índice avança 3,8% na comparação anual, ante os 4,5% em setembro.
O índice harmonizado provisório recua 0,2% em outubro, enquanto na comparação anual, avança 3,0%.
Na Zona do Euro, o Indicador de Sentimento Econômico (ESI, na sigla em inglês) apontou resultados estáveis tanto na União Europeia, quanto na Zona do Euro, registando +0,2 pontos para 93,1 e -0,1 pontos para 93,3, respectivamente.
Da mesma forma, o Indicador de Expectativas de Emprego manteve-se estável em ambas as áreas, registrando -0,3 pontos para 102,3 na UE e -0,1 pontos para 102,8 na ZE.
* Com dados da Reuters