Emprego

Indicador Antecedente de Emprego sobe em novembro para maior nível desde abril, diz FGV

10 dez 2019, 9:02 - atualizado em 10 dez 2019, 9:04
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Na média móvel trimestral, o indicador aumentou 0,5 ponto em relação ao mês anterior (Imagem: Unsplash/@andrewtneel)

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu em novembro para o nível mais alto em sete meses, sugerindo recuperação gradual do mercado de trabalho, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve alta de 2,6 pontos em relação ao mês anterior, indo a 88,4 pontos, maior nível desde abril, quando tocou os 92,5 pontos.

Na média móvel trimestral, o indicador aumentou 0,5 ponto em relação ao mês anterior, e por isso a FGV destacou que o avanço não significa recuperação total do mercado de trabalho brasileiro.

“A virtual estabilidade do indicador em médias móveis trimestrais, pelo segundo mês consecutivo, reforça o cenário de dificuldades de avanços mais expressivos do mercado de trabalho, sugerindo continuidade da recuperação em ritmo gradual”, disse em nota o economista Rodolpho Tobler.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, apresentou alta de 3,1 pontos em novembro, para 96,1 pontos. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

“Depois de cinco meses, o ICD voltou a ficar acima dos 95 pontos. O patamar elevado do indicador e a piora observada em novembro sugerem que ainda há um longo caminho para reduções em ritmo mais forte da taxa de desemprego”, completou Tobler em nota.

A quantidade de pessoas que trabalham por conta própria e sem carteira assinada no Brasil renovou o recorde histórico de acordo com dados do IBGE, ajudando a baixar a taxa de desemprego para o menor nível do ano no trimestre encerrado em outubro, de 11,6%.