Política

Indicado para Saúde, Queiroga diz que a política de ação contra pandemia é do governo e não do ministro

16 mar 2021, 12:41 - atualizado em 16 mar 2021, 12:41
Marcelo Queiroga
“O presidente está muito preocupado com essa situação, ele tem pensado nisso diuturnamente e vamos buscar soluções. Não tem vara de condão para solucionar os problemas da saúde pública”, disse Marcelo Queiroga (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

No dia seguinte a sua indicação para o cargo de ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga afirmou nesta terça-feira que a política de saúde é do governo do presidente Jair Bolsonaro e cabe ao ministério executar as medidas e que irá dar continuidade às ações planejadas por Eduardo Pazuello.

“O governo está trabalhando. As políticas públicas estão sendo colocadas em prática. O ministro Pazuello anunciou todo o cronograma da vacinação. A política é do governo Bolsonaro. A política não é do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo”, disse Queiroga a jornalistas ao chegar para sua primeira reunião no ministério.

“Ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a esse trabalho.”

O nome de Queiroga foi anunciado na noite de segunda-feira por Bolsonaro, em substituição a Pazuello. A informação de que o ministro deixaria o cargo surgiu no final de semana mas, ao mesmo tempo em que o general negava que tivesse pedido para sair, o presidente fazia contatos com a cardiologista Ludhmila Hajjar, indicada por, entre outros, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Queiroga, apresentado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu filho.

A nomeação de Queiroga deve sair na quarta-feira no Diário Oficial, mas o futuro ministro iniciou nesta terça já as reuniões de transição no ministério.

Questionado sobre temas como o uso de cloroquina e lockdown, que costumam afastar Bolsonaro de boa parte da comunidade científica, Queiroga se recusou a responder. Afirmou que suas posições são públicas e o necessário hoje é uma “união nacional”.

“O presidente está muito preocupado com essa situação, ele tem pensado nisso diuturnamente e vamos buscar soluções. Não tem vara de condão para solucionar os problemas da saúde pública”, disse.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, no domingo –quando seu nome começou a circular como possível ministro– Queiroga afirmou ser contra o uso da cloroquina.

“A própria Sociedade Brasileira de Cardiologia não recomendou o uso dela nos pacientes, e nem eu sou favorável porque não há consenso na comunidade científica”, disse.

Já na noite de segunda, em entrevista a TV CNN, reafirmou que o medicamento não seria parte de sua estratégia, mas que médicos tem autonomia para prescrevê-la.

Já sobre Lockdown, Queiroga afirmou que essa não pode ser uma política de governo e só é aplicado em situações extremas.

“Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”, afirmou.

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reuters@moneytimes.com.br
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