Índia planeja vender 5 milhões de barris de petróleo de reservas
A Índia planeja a venda de cerca de 5 milhões de barris de petróleo de seus estoques estratégicos como parte de uma ação coordenada com os Estados Unidos e outros países, de acordo com uma pessoa a par da situação.
A liberação pode ocorrer dentro de uma semana, e a Índia e outras nações podem avaliar a venda de mais petróleo adiante, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada.
O petróleo será fornecido a refinarias próximas de onde os estoques são mantidos, como os de propriedade da Mangalore Refinery and Petrochemicals e Hindustan Petroleum, disse a fonte.
O volume da liberação inicial equivale a cerca de um dia de consumo de petróleo bruto da Índia, mas a medida pode ter um significado mais simbólico.
Isso mostra que os maiores consumidores de petróleo estão dispostos a trabalhar juntos para desafiar o domínio da aliança Opep+ sobre os mercados globais. Na terça-feira, os Emirados Árabes Unidos disseram que não há necessidade de a Opep+ acelerar o aumento da produção, apesar da pressão dos principais consumidores.
O presidente dos EUA, Joe Biden, prepara o anúncio oficial na terça-feira da ação coordenada para liberar os estoques em conjunto com a Índia, Japão e Coreia do Sul. A China disse na semana passada que também está em vias de vender petróleo dos estoques nacionais.
Os EUA começaram a fazer lobby junto aos principais consumidores asiáticos de petróleo para o acesso das reservas depois de a Opep rejeitar apelos para aumentar a oferta mais rapidamente. Não há precedentes de uma ação coordenada desse tipo entre grandes importadores de petróleo quando não há emergência ou forte redução do abastecimento.
O governo Biden está sob crescente pressão para reduzir os preços domésticos da gasolina e ajudar a frear a inflação. Delegados da Opep+ disseram que a decisão de liberar as reservas não se justifica diante das condições do mercado e alertaram que o grupo pode ter que reconsiderar os planos de elevar a produção de petróleo quando se reunir na semana que vem.