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Independente de semana breve, soja entrou em sinuca de bico para alçar boas altas

06 set 2021, 9:53 - atualizado em 06 set 2021, 9:57
Soja no porto de Paranaguá
China está bem acomodada nas compras de soja e não ajuda a consolidar a tabela de alta das cotações (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Hoje (6) é feriado nos Estados Unidos, amanhã é no Brasil (também parado nesta segunda), e independente de semana mais enxuta, pouco pode-se esperar de novidades para a soja.

Voltar – e bem – acima da linha dos US$ 13 o bushel em Chicago, depois de ficar abaixo na semana passada, apesar da alta moderada na sexta, somente se houver dados muito fortes da demanda chinesa nos Estados Unidos, o que ninguém acredita.

O Brasil deve ficar fora ainda das vendas, da soja da safra passada, inclusive porque não se tem certeza se haverá e quanto durará a greve dos caminhoneiros, marcada incialmente somente para o 7 de setembro.

O relatório de embarques semanais do Departamento de Agricultura (USDA) foi adiado para amanhã, mas Vlamir Brandalizze não acredita em números que possam fazer as cotações saltarem.

Em adicional de pressão, também deverá sair reporte com condições melhoradas das lavouras americanas, em até um 1 ponto, espera o analista, no aguardo de relatório que igualmente será divulgado junto com o de exportações.

No geral, o momento é de acomodamento.

A colheita dos Estados Unidos está para começar. E mesmo que os números totais sejam menores, não deixa de ser oferta entrando.

Em paralelo, tem o Brasil plantando. No Paraná, a partir do dia 10; nos demais estados a partir do dia 15; somente no Rio Grande do Sul é mais tardio o fim do vazio sanitário (período de proibição de semeadura para controle da ferrugem asiática), depois de 10 de outubro.

Ainda que não se tenha muita certeza das condições de chuvas em todo território nacional, em meio a solo com baixa umidade, há expectativas de que este ano a safra (21/22) não começará atrasada.

Com tudo isso no jogo, a China não vai se comprometer demasiadamente. Aguardará mais achatamento dos preços.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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