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Indea de MT abate 68 animais contrabandeados da Bolívia

22 fev 2022, 14:09 - atualizado em 22 fev 2022, 14:09
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Segundo o Indea, a entrada dos animais sem procedência sanitária coloca em risco a saúde humana e também o rebanho do Estado, além de violar tratados internacionais do Brasil com a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) (Imagem: Pixabay/RitaE)

Fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), de Mato Grosso (MT), abateram 68 cabeças de gado contrabandeadas ilegalmente da Bolívia.

Segundo o Indea, a entrada dos animais sem procedência sanitária coloca em risco a saúde humana e também o rebanho do Estado, além de violar tratados internacionais do Brasil com a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE).

O coordenador de Sanidade Animal de Mato Grosso, Felipe Peixoto, explica que não há protocolo de importação e atualmente é proibido o ingresso de bovinos da Bolívia. Também existem diferenças nas certificações sanitárias do país vizinho.

No caso específico, como não havia informações sobre vacinas, alimentação e medicações, a carne do gado não pode ser utilizada para o consumo. “Estamos trabalhando para que o Estado seja zona livre de febre aftosa sem vacinação. O trânsito internacional de animais tem protocolos específicos, que não foram obedecidos. Se falharmos com o que foi pactuado com a OIE poderemos perder certificações.

O mercado europeu não vai comprar carne mato-grossense se não tivermos o controle da fronteira.”

De acordo com um boletim de ocorrência, na quinta-feira, 17, policiais do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) interceptaram três veículos que vinham da Bolívia.

O motorista confessou que transportava gado entre os dois países. Ele apresentou uma nota fiscal relacionada ao ano de 2021 e admitiu não ter a documentação necessária.

De acordo com nota do Indea, para eliminar o risco de disseminação de doenças infectocontagiosas, “os bovinos apreendidos foram imediatamente submetidos ao rifle sanitário e destruídos pela inumação em vala profunda pelos fiscais do Indea”. Além disso, os caminhões boiadeiros utilizados na prática do delito foram desinfectados.