Após pedido de recuperação judicial, ações da Rossi caem 9%
Após acumular R$ 1,232 bilhão em dívidas, a incorporadora Rossi Residencial encaminhou para a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo pedido de recuperação judicial. O documento foi encaminhado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta manhã.
A maior parte do valor devido vem de processos por de consumidores, ex-funcionários e fornecedores.
“A demanda para a aquisição de imóveis caiu devido ao empobrecimento das famílias brasileiras, e a receita se tornou insuficiente para arcar com os custos de incorporação e construção dos empreendimentos em andamento, bem como com o pagamento das dívidas financeiras já contratada”, afirmaram os advogados da empresa em petição enviada à justiça.
Em 2017 a Rossi implementou um plano de renegociação de dívidas financeiras de R$ 1,66 bilhão ao Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Com essas medidas, a empresa conseguiu reduzir o passivo financeiro total em mais de 90%. Depois disso, a incorporadora passou a dedicar os seus esforços a tratar as contingências cíveis e trabalhistas – que se tornaram os principais credores.
Apesar da situação difícil, o grupo acredita na retomada futura dos negócios, considerando sua capilaridade no País e conhecimento que detém do setor imobiliário. Hoje o grupo tem 19 terrenos, com um valor geral de vendas estimado em R$ 1,9 bilhão com futuros projetos.
Nesta terça-feira (20), as ações da Rossi (RSID3) chegaram a cair 17%, mas perto das 12h20 o papel havia recuperado parte das perdas, e registrava desvalorização de 9,8%. O valor do papel caiu 99,95% desde 2007, excluindo dividendos. Mas, de 2000 a 2007 chegou a render 1.000%. Sua mínima foi atingida em junho, quando a ação chegou a custar R$ 1,81.
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