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Incorporadora passa a oferecer crédito de imóveis ainda na planta; veja como funciona

24 jun 2023, 8:00 - atualizado em 23 jun 2023, 17:24
Radar de imóveis arte
O Money Times reúne as principais notícias da semana do setor de imóveis e de fundos imobiliários (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

Os fundos imobiliários e o setor de imóveis tiveram mais uma semana agitada. Nos últimos dias, mais FIIs venderam imóveis, enquanto outro não aceitou a proposta para a venda de empreendimentos. Enquanto ativos imobiliários viram trunfos para gigante do varejo recuperar caixa.

Além disso, finalmente, foram aprovadas mudanças para o Minha Casa, Minha Vida. Enquanto o preço do aluguel segue alto em 2023. Entre tantos assuntos, confira o resumo das principais movimentações dos setores ao longo da semana e os impactos que podem ter em seus investimentos e em suas finanças.

Incorporadora inova e lança modalidade de crédito imobiliário

A construtora e incorporadora Kallas sai na frente e tem o primeiro empreendimento de São Paulo, o KZ Direct Bresser, a oferecer crédito imobiliário no lançamento da obra. Com isso, a incorporadora Kazzas, do Grupo Kallas, vai viabilizar o financiamento do imóvel, junto ao banco Santander, ainda na planta.

Segundo a companhia, o intuito é reduzir as incertezas de aprovação de crédito no momento da entrega das chaves. Geralmente, o comprador só começa a pagar o financiamento do imóvel com o banco após o fim da obra e quando começa a entrega das unidades pela incorporadora.

Além disso, evita o risco de oscilações das condições econômicas em meio à taxa de juros alta. A Kallas acrescenta que essa modalidade de financiamento desde o início da obra diminui também os índices de distratos.

Aluguel de imóveis comerciais segue acima da inflação

O preço de locação dos imóveis comerciais, de até 200 metros quadrados, subiu 0,48% em maio, mesmo nível do mês anterior. Segundo levantamento do índice FipeZap, das dez cidades monitoradas, oito tiveram elevação no valor do aluguel de salas e conjuntos comerciais. A maior variação foi observada em Salvador, de 1,13%.

O resultado ficou acima da inflação medida pelo IPCA, de +0,23% no mês passado, enquanto o IGP-M recuou 1,84% no mesmo mês. No acumulado em 12 meses, o aluguel de propriedades comerciais avançou 4,72%, ultrapassando o IPCA (+3,94%) e o IGP-M (-4,47%).

Contudo, o metro quadrado fechou o mês passado com preço médio de locação de R$ 40,87, enquanto São Paulo segue com variação acima da média, de R$ 49,11 a área.

FII do Credit Suisse vende 110 imóveis residenciais em SP

O fundo imobiliário CSHG Residencial (HGRS11) assinou um memorando de entendimento para vender dois empreendimentos em São Paulo. A operação do fundo gerido pelo Credit Suisse envolve 43 unidades residenciais do prédio JML 747, no Jardins.

Além de 67 apartamentos do empreendimento FL 125, em Pinheiros. Porém, o HGRS11 ponderou que, por causa de “cláusula de confidencialidade com o potencial comprador”, detalhes da operação, como valores, não podem ser revelados.

Renovação de portfólio

Enquanto isso, o Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) vendeu dois empreendimentos no interior de São Paulo por R$ 10,7 milhões. Os empreendimentos, que ficam em Rio Claro e em Mogi das Cruzes, estão ocupados pela Caixa Econômica.

Segundo o RBVA11, as vendas fazem parte da estratégia de reciclagem de portfólio e devem gerar ganho de capital de quase R$ 2,5 milhões.

Cotistas não aprovam venda de imóveis

Cotistas do Pátria Edifícios Corporativos (PATC11) não aprovaram a venda de seis imóveis do edifício The One para o fundo imobiliário de mesmo nome (ONEF11).

A proposta foi feita em maio pelo ONEF11 e valores não foram divulgados. Os conjuntos 31, 32, 33, 34, 51 e 52 e suas respectivas vagas de garagem do The One pertencem ao PATC11. O edifício fica no Itaim Bibi, na capital paulista.

Minha Casa, Minha Vida terá mudanças a partir de julho

O novo Minha Casa, Minha Vida (MCMV) terá mudanças a partir de julho. O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta semana novas medidas para facilitar o acesso aos financiamentos.

Entre elas, estão ajustes nos limites máximos para o valor de compra de imóveis por meio programa, passando a ter teto de R$ 350 mil para beneficiários da faixa 3, que atende famílias de renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil. Para as faixas 1 e 2, o limite do valor do imóvel passa a variar entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, mas dependendo da localização.

Quanto as taxas de financiamento, os juros para beneficiários da faixa 1, com renda de até R$ 2 mil, foram reduzidos a até 4% nas regiões Norte e Nordeste e até 4,25% no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Gigante do varejo vende ativos e fatura milhões

GPA (PCAR3) vendeu 11 ativos imobiliários a um fundo privado por R$ 330 milhões. As lojas são próprias da gigante do varejo e ficam em São Paulo, Brasília, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro.

O GPA explica que a operação é no formato “sale and leaseback”. Ou seja, os imóveis serão vendidos, porém, a varejista fará contratos de aluguéis mantendo suas operações nesses imóveis. A locação será pelo prazo inicial de 15 anos, com exceção de três lojas, que serão locadas com prazo inicial de 18 anos.

Itaú faz leilão de casas com IPTU quitado

O Itaú Unibanco, em parceria com a Frazão Leilões, fará a venda de 18 imóveis residenciais em várias regiões do Brasil. A operação será no dia 30, a partir das 11h, e os lances podem ser feitos no site da Frazão. Há casas e apartamentos a partir de R$ 80,2 mil.

No entanto, as condições de pagamento variam de acordo com cada propriedade, podendo ser à vista com 10% de desconto ou parcelado com entradas de 20% a 30%. Já o saldo restante pode ser dividido em até 78 meses. Débitos de IPTU (incluindo 2023) e condomínio serão quitados pelo Itaú até a data do leilão.

Lances a partir de R$ 45 mil

Já o Santander fará leilão de mais de 40 imóveis residenciais e comerciais em parceria com a Leiloei. A operação será em 3 de julho, a partir das 14h. Os lances serão a partir de R$ 45 mil e podem ser feitos no site do banco.

Há imóveis em Minas Gerais, Rio de Janeiro e na Paraíba. Os bens estão sendo ofertados na modalidade leilão condicional, em praça única, e a forma de pagamento será à vista ou por meio de financiamento imobiliário com sinal mínimo de 20% do valor da compra.

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