Incertezas levam construtora queridinha do Nordeste a ter ‘otimismo cauteloso’ para 2023
Após quase três anos listada na B3, a Moura Dubeux (MDNE3) comemora os números de 2022, principalmente ao ver sua baixa alavancagem e grande procura por seus lançamentos.
Porém, a expectativa não é ver crescimento em 2023 em meio às incertezas políticas e econômicas com a mudança de governo, diz o CEO da única construtora de capital aberto do Nordeste, Diego Villar.
“Nossos números foram bons neste ano, com clientes vendo a Moura Dubeux como marca premium. Mesmo diante de alta de custos, na qual a inflação em canteiro [obras] foi a maior que já vi, ano eleitoral e as incertezas que tomaram conta nas últimas semanas”, comenta.
Perspectiva para 2023 é de ‘otimismo cauteloso’
Villar diz que, apesar dos produtos da construtora terem sido “muito bem aceitos” em 2022, a ordem para o próximo ano é de “otimismo cauteloso” diante das inseguranças fiscais e da política econômica a ser adotada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
“O mercado [financeiro] não está otimista e também tiramos esse otimismo, já que o Brasil vive uma insegurança. Eu não vejo segurança no curto prazo. É preciso que o Lula tome posse primeiro e vejamos como serão os primeiros meses do governo dele. Qual será a pauta fiscal”, avalia.
Se casa não cair, empresa está posicionada para crescer
Apesar da construtora queridinha do Nordeste não ter planos de crescimento e expansão no próximo ano, o CEO da empresa pondera que, caso o cenário macroeconômico do país melhore nos próximos meses, a Moura Dubeux está “pronta” para avanços.
“Se o humor melhorar, a empresa deve ter em 2023 resultados muito parecidos com os de 2022. Nós trabalhamos com a perspectiva de manutenção dos números deste ano, mesmo com um quarto trimestre indicando que as famílias estão postergando a compra de imóveis“, diz, acrescentando que a companhia está focada em rentabilidade no ano que vem.