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Incertezas ainda dominam cenário da Tegma, mas ação está atrativa, apontam analistas

09 ago 2021, 15:55 - atualizado em 09 ago 2021, 15:55
A Tegma reportou queda de 6,9% na quantidade de veículos transportados no segundo trimestre de 2021 ante o trimestre anterior, com o volume atingindo 127,8 mil (Imagem: Money Times/Vitória Fernandes)

O cenário continua difícil para Tegma (TGMA3). Dada a incerteza sobre o ritmo de produção do setor automotivo no Brasil, analistas do BTG Pactual (BPAC11) não veem catalisadores de curto prazo para a companhia. Segundo o banco, as interrupções na cadeia de abastecimento só devem se normalizar totalmente no segundo trimestre de 2022.

A Tegma reportou queda de 6,9% na quantidade de veículos transportados no segundo trimestre de 2021 ante o trimestre anterior, com o volume atingindo 127,8 mil. A companhia foi mais uma vez afetada pela interrupção da produção em diversas plantas de seus principais clientes.

O Itaú BBA disse que a performance fraca da divisão automotiva levanta preocupações sobre a categoria. Mais que isso, a Tegma perdeu a tendência de recuperação das vendas de carros no mercado doméstico devido à sua considerável exposição a montadoras, que encolheram a participação no mercado. E, embora a perspectiva de uma normalização das operações esteja no horizonte, o Itaú BBA acredita que suas projeções para a divisão estão consideravelmente otimistas (as estimativas assumem que o número de veículos transportados pela companhia ultrapassará os níveis pré-Covid em 2023).

Apesar da volatilidade da indústria automotiva, o BTG manteve recomendação de compra para a ação da Tegma, com preço-alvo de R$ 33, pois acredita que os níveis de valuation estão atraentes, com a empresa sendo negociada a 8,7 vezes P/L (preço sobre lucro) em 2021. O Itaú BBA manteve a classificação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), igualmente com preço-alvo de R$ 33.

Outro banco que está otimista com o papel é o Safra, que reiterou a classificação de outperform e preço-alvo de R$ 33,20. A instituição vê um potencial de valorização atrativo para a Tegma. As perspectivas de recuperação que os analistas têm para a empresa são altas.

Diferente do BTG, o Safra acredita que a performance na divisão automotiva vai se normalizar gradualmente já nos próximos meses, considerando que a retomada de produção da General Motors, um dos maiores clientes da Tegma, em Gravataí (RS) deve ocorrer ainda em agosto deste ano.

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