Incentivar o empreendedor é fortalecer a economia
O empreendedorismo passou a ganhar visibilidade e importância por conta da globalização e da abertura econômica dos anos 1990. Hoje, o Brasil tem 67% da população adulta envolvida com o empreendedorismo, e os microempreendedores representam 30% do PIB.
Porém, a invisibilidade no sistema financeiro brasileiro é um grande obstáculo para esse grupo e o desafio é ainda maior para quem reside fora dos grandes centros urbanos do Brasil, onde as oportunidades econômicas são escassas.
A falta de histórico financeiro, o baixo score de crédito e a informalidade são as dificuldades mais comuns para quem solicita algum tipo de empréstimo. Outro problema enfrentado pelos moradores do interior do Brasil que prejudica o acesso ao crédito é a desbancarização.
Segundo dados do Banco Central, 16% dos adultos brasileiros não têm conta em banco. O que reflete um gargalo da economia, principalmente quando se fala em busca por crédito.
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Com isso, proporcionar acesso financeiro, facilitar transações e oferecer oportunidades para o progresso econômico e social da população distante dos grandes centros é dever das companhias que dizem apoiar os micro e pequenos empreendedores.
E vou além: para promover um desenvolvimento mais equitativo em todo o país, é preciso também desenvolver projetos voltados ao público feminino que, além de todos os empecilhos citados acima, ainda contam com o preconceito de gênero na hora de empreender.
As mulheres, quando obtêm recursos financeiros sem restrições injustas, recebem em troca a oportunidade de iniciar ou expandir seus negócios, melhorar sua autonomia financeira e ser protagonistas de suas vidas e das suas escolhas.
O empreendedorismo proporciona flexibilidade e permite que as mulheres conciliem suas responsabilidades profissionais e pessoais, como cuidar de filhos e familiares, e ainda alcançando autonomia financeira. Para garantir sucesso e continuidade do projeto, as empreendedoras precisam de educação e capacitação sobre o negócio desenvolvido.
Do lado das empresas, aquelas que viabilizam o acesso dessas mulheres ao crédito constroem um cenário no qual tanto elas quanto os homens possam ter as mesmas chances de sucesso profissional.
Dessa forma, a sustentabilidade passa a ser incluída como um valor central na cultura organizacional da companhia e a nortear ações que envolvam o “S”, de social, do ESG.