Internacional

Incêndios na Austrália também ameaçam minas de carvão

21 jan 2020, 13:07 - atualizado em 21 jan 2020, 13:07
Incendio Floresta
A fumaça dos incêndios reduziu a visibilidade e despertou preocupações sobre a segurança dos trabalhadores da mina Mt. Arthur da BHP (Imagem: Pixabay)

Os incêndios florestais da Austrália ameaçam a produção da mina de carvão da central elétrica da BHP no estado de Nova Gales do Sul, onde a produção foi impactada pela fumaça e pela menor qualidade do ar.

Os volumes já tinham sido impactados nos últimos meses, informou a maior mineradora do mundo na terça-feira. “Se a qualidade do ar continuar se deteriorando, as operações poderão ser ainda mais afetadas” nos seis meses até junho, disse a BHP.

O impacto econômico total dos recentes incêndios na Austrália poderia ser de 0,2-0,4 ponto percentual do PIB, de acordo com James McIntyre, da Bloomberg Economics. No pior dos casos, ele estima que o desastre poderia reduzir o crescimento econômico em até 1,6 ponto percentual.

A Austrália, segunda maior exportadora de carvão térmico depois da Indonésia, deve obter cerca de 21 bilhões de dólares australianos (US$ 14 bilhões) com as exportações do combustível neste ano fiscal, segundo dados do governo.

A fumaça dos incêndios reduziu a visibilidade e despertou preocupações sobre a segurança dos trabalhadores da mina Mt. Arthur da BHP, nos arredores de Muswellbrook, a cerca de 240 quilômetros ao norte de Sydney.

Alguns funcionários suspenderam as atividades para trabalhar como bombeiros voluntários ou para ajudar a proteger casas e comunidades, disse um porta-voz da empresa.

A produção da unidade de carvão de Nova Gales do Sul caiu 11% nos seis meses encerrados em 31 de dezembro em comparação ao ano anterior, em parte por causa dos incêndios e devido à mudança de estratégia para extrair um volume menor de produtos de maior qualidade.

A BHP sinalizou que considera vender sua mina de carvão térmico na Austrália e uma participação em uma operação na Colômbia. A empresa espera que o mercado para geração de energia a partir do carvão se estabilize e depois comece a cair, disse em maio o diretor financeiro da BHP, Peter Beaven.

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