Inadimplência de empresas desacelera e avança 4,22% em novembro, segundo CNDL e SPC Brasil
A inadimplência das empresas – aquelas com contas em atraso e registradas nos cadastros de devedores – cresceu 4,22% em novembro ante o mesmo período de 2018, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Logistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Apesar da alta, o mês apresentou desaceleração na quantidade de atrasos. Em novembro do ano passado, por exemplo, a alta foi de 9,01%.
Um dos fatores para a perda de fôlego, na avaliação das instituições, foi a queda de 0,74% no volume de dívidas não pagas em nome de pessoas jurídicas. A melhora gradual da economia também determinou o resultado de novembro.
José Cesar da Costa, presidente da CNDL, continua cauteloso: “Há uma considerável distância entre os níveis atuais de faturamento dos diversos setores e os que antecedem a crise, fator que cria dificuldades para os empresários manterem seus compromissos financeiros em dia”, afirmou.
No mês, três regiões apresentaram alta de inadimplência de empresas abaixo da média nacional: Nordeste (0,05%), Norte (3,57%) e Centro-Oeste (2,93%). No Sudeste, a alta foi de 4,97%, enquanto o Sul registrou aumento de 7,89%, a maior entre as regiões pesquisadas.
O levantamento também mostrou que cada empresa inadimplente possui duas dívidas registradas no banco de devedores, sendo a média da soma total de R$ 5.517,07 – valor 1% inferior ao observado em outubro.
Serviços
O setor de serviços registrou a alta mais expressiva em termos de inadimplência de empresas. O segmento cresceu 7,12% em novembro, seguida por comércio (1,61%) e indústrias (1,35%).