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Inadimplência de empresas cresce 4,02% em junho, apontam CNDL e SPC Brasil

30 jul 2019, 14:28 - atualizado em 30 jul 2019, 14:29
Segundo as duas entidades, o número registrado em junho é superior ao de maio, de 2,9%, e o maior desde março deste ano, quando o indicador crescera 3,3% (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

O número de empresas inadimplentes voltou a crescer em junho, de acordo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No período, o indicador revelou alta de 4,02% ante o mesmo período de 2018.

Segundo as duas entidades, o número registrado em junho é superior ao de maio, de 2,9%, e o maior desde março deste ano, quando o indicador cresceu 3,3%.

Entre maio e junho, sob análise dessazonalizada, houve alta de 1,55% no número de empresas com alguma conta em atraso – maior alta mensal desde novembro de 2018.

Na visão de José Cesar Costa, presidente da CNDL, o tímido crescimento da economia brasileira vem impactando a capacidade de pagamento por parte das empresas.

“Com o mercado de trabalho demorando para reagir e a capacidade ociosa das indústrias em níveis elevados, as empresas vem enfrentando dificuldades para honrar seus compromissos”, afirma Costa. “Para os próximos meses, o movimento da inadimplência de pessoas jurídicas irá depender da evolução do crédito e da atividade econômica, que ainda avança de maneira lenta”.

Regiões

O Sudeste lidera o percentual de crescimento da inadimplência entre empresas. Em junho, o número de pessoas jurídicas negativadas na região cresceu 6,6% ante o mesmo período do ano passado. Logo em seguida vem a região Sul, com alta de 2,64%.

Dívidas em atraso

O indicador que mede as dívidas em atraso, também apurado pela CNDL e pelo SPC Brasil, registrou alta de 1,23% em junho frente o mesmo mês de 2018. O resultado representa a maior alta após três meses consecutivos de queda.

Segmentos

Os segmentos que mais se destacam em número de dívidas são do ramo de serviço, com alta de 6,44% em junho, e comércio, com crescimento de 2,03%.

Quanto ao setor credor, formado por empresas que deixaram de receber de outras empresas, o segmento de serviços apresentou alta de 1,77% na quantidade de atrasos, enquanto que o de indústria registrou leve queda de 0,1%.

No geral, 70% das empresas inadimplentes devem para o setor de serviços, que engloba bancos e financeiras. O comércio responde por 17% dos setores credores, enquanto as indústrias por 12%.

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