Saúde

Imunossuprimidos e quem recebeu vacina inativada deve tomar dose de reforço contra Covid, segundo OMS

09 dez 2021, 9:36 - atualizado em 09 dez 2021, 9:36
Vacinas, Coronavírus, Saúde, Vacinação
Muitos países estão distribuindo doses de reforço, dando atenção aos idosos e às pessoas com problemas de saúde preexistentes (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A comissão de aconselhamento de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que pessoas que são imunossuprmidas ou que receberam uma vacina de vírus inativado deveriam receber uma dose de reforço de uma vacina contra Covid-19, disse a agência nesta quinta-feira.

Muitos países estão distribuindo doses de reforço, dando atenção aos idosos e às pessoas com problemas de saúde preexistentes, mas os temores com a nova variante Ômicron do coronavírus levam alguns deles a ampliar seu uso para parcelas maiores de suas populações.

Como os índices de vacinação estão preocupantemente baixos em grande parte do mundo em desenvolvimento, a OMS disse nos últimos meses que administrar doses primárias deveria ser uma prioridade, e não a aplicação de doses de reforço.

A recomendação veio depois que o Grupo de Aconselhamento Estratégico de Especialistas (Sage) para imunização realizou uma reunião na terça-feira para avaliar a necessidade de vacinas contra Covid-19 de reforço.

Falando em um briefing, o presidente do Sage, Alejandro Cravioto, disse que dados emergentes mostraram que a eficácia das vacinas contra a Covid-19 diminui e que um declínio considerável é visto em particular em pessoas mais velhas.

As vacinas contra Covid-19 protegem “muito bem” até seis meses após a última dose, tendo uma “redução pequena, modesta” na proteção, disse Kate O’Brien, diretora do departamento de imunização da OMS.

As vacinas inativadas, que pegam o vírus SARS-CoV-2 e o desativam ou matam usando agentes químicos, calor ou radiação, são feitas pela fabricante chinesa Sinovac Biotech, pela estatal também chinesa Sinopharm e pela indiana Bharat Biotech.

Uma dose única da vacina Johnson & Johnson ainda é eficaz, mas dados de testes clínicos da empresa com duas doses mostram claramente o benefício de se receber uma vacinação adicional, disse Cravioto.