Impostos também entram no PIB e engordam resultado em R$ 1 trilhão em 2020
Costuma-se imaginar que o PIB (Produto Interno Bruto) representa apenas a produção e o consumo de bens e serviços. Mas, segundo as contas divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os impostos sobre produtos, já descontadas as isenções, engordaram o PIB com R$ 1 trilhão.
A produção e o consumo, medidos pelo valor agregado, somaram apenas R$ 6,4 trilhões. Para completar a conta dos R$ 7,4 trilhões, foram incluídos a receita do governo gerada pelos impostos.
A inclusão, em si, não é ilegal, nem representa uma manobra para maquiar as contas e mostrar um PIB maior que o real, mas ajuda a dar uma dimensão do peso do Estado brasileiro sobre a economia, a produção e o consumo.
Contas
O PIB recuou 4,1% em 2020. O resultado veio melhor que as expectativas do mercado. Em 31 de dezembro, no último Boletim Focus do Banco Central a tratar do assunto, a estimativa era de uma queda de 4,36%.
No quarto trimestre, o PIB brasileiro avançou 3,2% sobre o terceiro trimestre, e recuou 1,1% sobre o quarto trimestre de 2019. Os números vieram melhores que as medianas de projeções dos analistas, que indicavam alta de 2,8% e queda de 1,6%, respectivamente.
Veja os resultados do PIB divulgados pelo IBGE hoje.