Imposto de Renda: Governo pode limitar dedução com saúde; entenda
O ano mal começou, mas os contribuintes já estão se preparando para o Imposto de Renda, que tradicionalmente começa em março. No entanto, podem acontecer mudanças na declaração deste ano.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a equipe econômica estuda criar um teto para o desconto de despesas médicas. O governo aponta que a falta de um limite, como acontece nos gastos com educação, privilegia contribuintes com renda mais alta.
Atualmente, a regra permite que despesas de saúde com hospitais, planos de saúde, exames laboratoriais, médicos, fisioterapeutas, dentistas, psicólogos, entre outros, sejam abatidas integralmente do cálculo do imposto.
Segundo dados da Receita Federal, as deduções das despesas médicas no Imposto de Renda de 2022 somaram R$ 128 bilhões. Com isso, a perda de arrecadação foi R$ 17 bilhões.
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Imposto de Renda: Quem ganha mais de dois salários mínimos vai perder isenção
No início do ano, o governo atualizou em R$ 92 o valor do salário mínimo, passando de R$ 1.320 para os atuais R$ 1.412. No entanto, essa mudança deve impactar a tabela do Imposto de Renda.
Segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional) quem ganha mais de dois salários passará a ser tributado. Isso porque a faixa de isenção não teve reajuste.
Ou seja, a isenção continua em R$ 2.640, sendo R$ 2.112 da tabela e R$ 528 pagos pelo empregador. No entanto, quem ganha dois salários mínimos ou mais, tem uma renda a partir de R$ 2.824 — até o ano passado era de exatos R$ 2.640.