Imposto de Renda 2022: quatro tarefas que você já pode fazer para se preparar
O prazo para a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2022 começa no próximo dia 2 de março e deve se estender até o final de abril.
A Receita Federal irá liberar o programa até o fim do mês, até lá, já foi definido que as empresas e instituições financeiras têm até o próximo dia 28 para enviar aos contribuintes os comprovantes de rendimentos referentes ao ano passado.
Enquanto isso, do outro lado, os contribuintes também podem se movimentar desde já e adiantar algumas tarefas.
Arthur Barreto, advogado tributarista do escritório Donelli e Abreu Sodré Advogados (DSA), explica que quanto antes for preenchida entregue, mais rápida deve ser a restituição do IRPF.
Além disso, Barreto alerta que “preencher a declaração mais cedo evita atrasos de última hora e, no limite, a imposição de penalidades pela entrega em atraso”.
Confira 4 tarefas para declarar o Imposto de Renda que já podem ser feitas este mês:
Recuperar dados do ano anterior
Ter em mãos o número do recibo do IRPF do ano passado, além de uma cópia de segurança, caso o contribuinte tenha declarado em 2021.
O intuito é facilitar o processo no próximo mês, que irá reproduzir a base das informações e será necessário apenas atualizar os dados e inserir novos dados, ao invés de preencher toda a declaração “do zero”.
“A cópia de segurança, assim como o recibo da declaração anterior, pode ser obtida tanto no programa do IRPF usado no ano passado quanto pelo portal eletrônico de atendimento ao contribuinte (e-CAC), que pode ser acessado por login e senha ou certificado digital”, explica Arthur Barreto.
Definir o formato da declaração
Ter claro se a declaração inclui algum dependente ou não.
É possível incluir um cônjuge ou filho (até 21 anos, ou até 24 anos caso sejam estudantes) no Imposto de Renda pessoal.
Nesse caso, os demais contribuintes estão declarando em conjunto.
Samir Choaib, sócio-fundador do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados, alerta que o dependente tem que as mesmas obrigações burocráticas, ou seja, “tem que declarar tudo, é a mesma documentação”.
Separar rendimentos
Antes de informar para a Receita, é preciso ter em mãos todos os documentos que disserem respeito aos bens, dívidas, despesas e rendimentos ao longo de 2021.
São eles: holerites; informes de rendimentos e aposentadorias; extratos bancários e de corretoras com a posição de ativos em 31 de dezembro; extratos de pagamento de financiamentos; dados de imóveis e veículos adquiridos ou vendidos; além dos documentos com os dados pessoais.
Como dito anteriormente, o informe de rendimentos deve ser disponibilizado pelas empresas até o dia 28 de fevereiro.
Já as informações bancárias, de corretoras e acerca dos financiamentos e dívidas, podem ser acessadas via internet banking ou nas agências de instituições financeiras.
Na internet também é onde tem acesso ao portal do INSS para informações sobre aposentadorias e benefícios pagos ao longo de 2021.
Os bens, como veículos, imóveis, joias, obras de arte, etc., comprados ou vendidos ao longo de 2021 devem ser comprovador através de seus documentos correspondentes.
Podem ser: contratos, notas fiscais ou faturas assinadas ou recebidas.
Separar comprovantes de despesas
Também é possível separar os comprovantes de despesas que podem ser descontadas do Imposto de Renda. Essas despesas podem favorecer a restituição do IR ou diminuir o imposto devido dos contribuintes.
Esses são os casos das despesas médicas, plano de saúde, dentistas, exames de laboratório, educação, etc.
Que precisam ser comprovadas para permitir as deduções, sendo importante obter junto aos prestadores (escolas, faculdades, médicos, dentistas, laboratórios, planos de saúde) todas as informações que digam respeito a tais gastos.