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Importações de soja superaram 2020, perderão força e voltarão no segundo semestre

16 mar 2021, 12:11 - atualizado em 16 mar 2021, 12:40
Colheita acelera, mas ainda tem atraso nos portos brasileiros (Imagem: Jaelson Lucas/AEN-PR)

As importações brasileiras de soja  passaram as do mesmo período de 2020, mas deverão entrar em declínio de abril em diante, e, provavelmente, voltarão a exibir mais força depois de agosto/setembro, como ocorreu o ano anterior, após a falta do grão diante da expressiva participação das exportações.

O cenário de compras externas pelas indústrias está em sintonia com a mesma lentidão que vinham as exportações, em decorrência do atraso da colheita. Mas o ritmo agora está chegando ao normal e a oferta interna vai melhorando.

Foram trazidas de fora, no acumulado do ano, 124,8 mil toneladas, contra 92,7 mil/t dos mesmos 2,5 meses de 2020.

No acumulado de março, alcançou as 24,8 mil/t, faltando pouco para chegar as 27,5 mil/t da mesma quinzena passada.

Também pelos dados da Secex, as exportações aceleraram para 5,1 milhões/t também em março e devem superar a quase 11 milhões/t do mesmo mês. No acumulado, porém, o déficit é marcado por 8,1 milhões/t na comparação com as 11,6 milhões/t de igual período de 2020.

Mas ainda o congestionamento nos portos é foco de atenção.

A colheita já passa de 90% no Mato Grosso e os atrasos agora são mais localizados, como no Rio Grande do Sul, mas com reportes de soja de boa qualidade, segundo produtores do estado.

As estimativas médias da produção brasileira estão acima das 135 milhões/t para esta safra 20/21.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.