Importações de petróleo pela China junto a sauditas crescem 26% no 1º bimestre
As importações de petróleo da China junto à Arábia Saudita nos dois primeiros meses de 2020 cresceram 26% na comparação com mesmo período do ano anterior, enquanto as compras da Rússia, segundo maior fornecedor, avançaram 11%, segundo cálculos da Reuters com dados de alfândegas divulgados nesta quarta-feira.
As importações totais de petróleo da China em janeiro e fevereiro tiveram alta de 5,2% ante mesmo período do ano passado, para 10,47 milhões de barris por dia (bpd), segundo dados preliminares divulgados mais cedo neste mês. Refinarias geralmente acumulam estoques antes do feriado de Ano Novo Lunar, que ocorreu no final de janeiro neste ano.
Pedidos para as importações feitas em janeiro e fevereiro foram realizados meses antes do coronavírus ter surgido na província chinesa de Hubei. O vírus depois espalhou-se pelo mundo e impactou a demanda por petróleo na China, terceiro maior importador global da commodite.
Os desembarques em março estão estimados em cerca de 10 milhões de bpd, segundo a Refinitiv Oil Research, acima dos 9,26 milhões de bpd do mesmo mês do ano anterior, com refinarias comprando a preços baixos devido à ampla oferta global mesmo enquanto são forçadas a reduzir as operações de suas plantas devido à menor demanda por combustíveis desde a epidemia de coronavírus.
As importações da Arábia Saudita em janeiro e fevereiro foram de 14,74 milhões de toneladas, ou 1,79 milhão de bpd, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas, contra 1,45 milhão de bpd no ano anterior e média de 1,67 milhão de bpd em 2019.
A Rússia forneceu 14,055 milhões de toneladas nos dois meses, ou 1,71 milhão de bpd, segundo os dados.
Não houve importações junto aos Estados unidos, segundo os dados, mas há expectativas de que as compras dos EUA possam aumentar mais tarde em 2020, após Pequim ter começado a oferecer isenções de tarifas sobre produtos norte-americanos incluindo petróleo a partir do início de março.