Importações de milho cresceram bem sobre 2020, mas não explodiram
O preço do milho está com certa acomodação no mercado interno, e perdeu o patamar superior a R$ 100 a saca, mas as importações não chegaram a explodir mesmo com as cotações mais salgadas até abril e a grande necessidade dos plantéis de animais.
E com o imposto de importação zerado, a Tarifa Externa Comum (TEC), praticada para fora dos países do Mercosul. O dólar, que só perdeu o suporte dos R$ 5,50 a R$ 5,70 desde abril, não ajudou.
Neste mês de maio, até sexta, o Brasil comprou 38 mil toneladas. Em maio de 2020, foram 8,9 mil no mesmo período, segundo as estatísticas da Secex.
No acumulado de janeiro à primeira quinzena do mesmo mês do ano passado, as indústrias importaram 460 mil/t. Agora, 793 mil.
Os grandes processadores de milho, de acordo com o analista Vlamir Brandalizze, não recorreram ao mercado externo com a força das indústrias de menor porte. Estavam melhor preparados com estoques.
E agora estão mais fora das compras ainda, esperando que a safrinha chegue e faça recuar os preços, mesmo que a temporada de milho de inverno sabidamente será menor pelo clima. Brandalizze trabalha entre 75 e 80 milhões de toneladas, quando havia potencial estimado, lá atrás, de 90 milhões/t em 15 milhões de hectares.
Mercado
Na B3 (B3SA3), os contratos futuros perderem há alguns dias o teto de R$ 107 e, nesta terça (18), estão em R$ 98,80, o julho, e R$ 97,14, o setembro, por volta das 13h10.
Chicago testa alta de 11,25 e 7 pontos nos mesmos meses, mas perderam os US$ 7 o bushel, o que é visto como acomodamento dos preços na medida em que o plantio nos Estados Unidos vai avançando com perspectivas mais positivas pelo clima.