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Importação de gás da Argentina deve beneficiar produção de fertilizantes, diz Carlos Fávaro

20 nov 2024, 16:00 - atualizado em 20 nov 2024, 16:50
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Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Agricultura, Carlos Fávaro, falam sobre Memorando de Entendimento assinado com a Argentina no setor de gás natural, na 19° Reunião de Cúpula do G20. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Na última segunda-feira (18), o Ministério de Minas e Energia (MME) assinou um Memorando de Entendimento com a Argentina para viabilizar a importação de gás natural do país vizinho.

Segundo Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, a assinatura deve reduzir o custo e impulsionar a produção de fertilizantes, já que o gás é um dos principais insumos utilizados.

“A dependência extrema de fertilizantes importados levava o Brasil a um risco muito grande na sua potencialidade de produzir alimentos”, disse.

A estimativa é que o acordo promova a movimentação de 2 milhões de metros cúbicos por dia no curto prazo, chegando a 30 milhões até 2030.

Para Fávaro, o acordo é uma sinalização ao mercado, mostrando que as políticas de produção de fertilizantes “saem do discurso e voltam à realidade”.

O custo esperado do gás natural argentino na chegada ao Brasil varia entre US$ 7 e US$ 8 milhões por BTU. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 2023, o Brasil importou cerca de 86% dos fertilizantes utilizados. A ampliação do acesso ao gás natural argentino pode tornar a produção de alimentos no país mais competitiva, diante da maior oferta de fertilizantes nitrogenados.

Desafio logístico

Com a medida, um grupo de trabalho deve identificar as medidas necessárias para viabilizar a oferta de gás natural argentino, em destaque para o gás de Vaca Muerta, região ao norte da Patagônia.

Na agenda dos estudos, estão elencadas prioridades como infraestrutura, transporte e interconexão entre os países e tipos de operações. O memorando tem validade de 18 meses, prorrogáveis. Ao final desse período, será apresentado relatório das atividades.

O documento indica que o grupo deve buscar o uso da infraestrutura já existente nos dois países, permitindo a exportação do gás argentino no menor tempo e com o menor custo possível.

Para isso, o grupo formado deverá identificar meios para viabilizar o projeto e a construção de infraestruturas necessárias para interconectar os gasodutos existentes de cada país.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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