Importação de carne suína pela China pode ter recorde de 4,6 milhões de toneladas em 2020
As importações de carne suína pela China vão atingir níveis recordes de até 4,6 milhões de toneladas no ano que vem, à medida que a produção local recua para mínimas históricas após um grave surto de peste suína africana, afirmou nesta sexta-feira o holandês Rabobank.
As importações da proteína pelo país asiático já devem ultrapassar recordes anteriores neste ano, figurando entre 3,1 milhões e 3,3 milhões de toneladas (incluindo miúdos), ante 2,1 milhões de toneladas no ano passado, disse o banco em relatório.
Embora os altos preços dos porcos tenham estimulado grandes produtores chineses a começar recompor os rebanhos e traçar planos para novas áreas produtivas, a criação de suínos do país começará a se recuperar apenas no ano que vem, com a oferta de carne voltando a acelerar em 2021, segundo o Rabobank.
“Esperamos importações em máximas recordes em 2020, com produção em mínimas recordes”, disse o relatório.
A produção chinesa de carne suína deve encolher em um quarto neste ano em comparação com 2018, para cerca de 40,5 milhões de toneladas, e mais 10% ou 15% em 2020, afirmou o banco.
Enquanto isso, a produção de aves no país já saltou 10% neste ano, e deve crescer ainda mais no ano que vem.
O Rabobank estimou as importações de carne de porco pela China entre 2,3 milhões e 2,6 milhões de toneladas em 2020, o equivalente a um quarto do comércio global, com as aquisições de miúdos figurando entre 1,5 milhão e 2 milhões de toneladas.
Embora as importações tendam a diminuir após 2020, quando a produção chinesa se recuperar, o nível médio das aquisições deve permanecer alto entre 2021 e 2025, em cerca de 3 milhões de toneladas (incluindo miúdos), uma vez que os custos de biossegurança no país seguem elevados.