CryptoTimes

Império cripto de US$ 10 bi do DCG mostra sinais de rachaduras

17 nov 2022, 9:00 - atualizado em 17 nov 2022, 9:00
Barry Silbert
Silbert, que raramente dá entrevistas ou fala nas inúmeras conferências do setor, fundou o conglomerado de criptomoedas com sede em Stamford, nos EUA, em 2015, de acordo com o perfil no linkedIn do empresário (Imagem: Bloomberg)

Saques suspensos na corretora de criptomoedas Genesis, em meio ao crescente colapso do mercado de ativos digitais, colocaram um holofote indesejado sobre Barry Silbert, o homem à frente do Digital Currency Group.

Silbert, que raramente dá entrevistas ou fala nas inúmeras conferências do setor, fundou o conglomerado de criptomoedas com sede em Stamford, nos EUA, em 2015, de acordo com o perfil no linkedIn do empresário de 46 anos.

No ano passado, a avaliação do DCG chegou a US$ 10 bilhões, depois de vender US$ 700 milhões em ações em uma venda privada liderada pelo SoftBank. O DCG contava com 66 funcionários no início de novembro e detém mais de 200 empresas em seu portfólio.

O alcance do DCG é vasto: além da Genesis, também controla a gestora de ativos digitais Grayscale, que oferece o maior fundo cripto do mundo.

O DCG também controla o provedor de serviços de mineração de criptomoedas Foundry Digital, o serviço de notícias Coindesk e a bolsa Luno, entre outras. O DCG não quis comentar.

Dentro do espaço cripto, o poder do DCG é bem conhecido. Ao longo dos anos, o portfólio da empresa de capital fechado incluiu participações em várias empresas do setor, desde bolsas como a Coinbase até a fabricante de hardware Ledger e o banco focado em cripto Silvergate.

“Eles são muito importantes em cripto”, disse Wilfred Daye, CEO da Securitize Capital, uma empresa de gerenciamento de ativos digitais. “Suas pegadas estão por toda parte.”

Com os resgates suspensos pela Genesis, a saúde financeira do DCG foi posta em dúvida, em mais uma onda de choque do colapso da bolsa de criptomoedas FTX e seu ex-CEO Sam Bankman-Fried.

A Genesis é a joia da coroa do império de Silbert, estabelecida como uma das maiores e mais conhecidas corretoras do setor, que permitiu que fundos e formadores de mercado tomassem empréstimos em dólar ou em moedas digitais para ampliar seus negócios.

“Há muitas lições a serem aprendidas aqui”, disse Campbell Harvey, professor de finanças da Duke University. “No futuro, o nível de due diligence provavelmente aumentará”.

Silbert comprou Bitcoin pela primeira vez em 2012, quando o setor ainda era incipiente. Entre os primeiros funcionários da empresa estavam Michael Moro, que deixou o cargo de CEO da Genesis em agosto, bem como Ryan Selkis, co-fundador da empresa de pesquisa Messari, e Meltem Demirors, diretor de estratégia da CoinShares, empresa rival de investimentos em ativos digitais.

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