BusinessTimes

Impeachment de Bolsonaro detonaria rali de alta na Bolsa, avalia BCA Research

26 jun 2020, 11:28 - atualizado em 26 jun 2020, 12:05
Jair Bolsonaro
No curto prazo, os analistas afirmam que há o risco de Bolsonaro se radicalizar ainda mais (Imagem: Facebook/ Divulgação/ Jair Bolsonaro)

Os investidores e analistas de mercado parecem, mesmo, ter se desencantado com o presidente Jair Bolsonaro. Nesta sexta-feira (26), a BCA Research, casa de análise independente do Canadá, afirmou, sem meias palavras, que o eventual impeachment de Bolsonaro seria positivo para os mercados.

Assinado pelo estrategista-chefe da BCA, Arthur Budaghyan, e pelo analista Juan Egaña, o relatório pontua que “a escalada da crise política, culminando no impeachment de Bolsonaro, seria favorável [o termo usado no original é bullish] para os mercados financeiros”.

Os analistas acrescentam que o otimismo seria reforçado pela perspectiva de o vice-presidente, Hamilton Mourão, substituir Bolsonaro no Planalto. Mourão é descrito, no relatório, como alguém apoiado pelas Forças Armadas e com uma visão mais moderada sobre diversos temas, o que ajudaria a pacificar o ambiente político no país.

Vantagem extra

Um bônus extra, segundo a BCA Research, seria o fortalecimento das chances de Sergio Moro, ex-líder da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, se candidatar à Presidência em 2022. Segundo a casa de análises, diante da grande popularidade de Moro, sua vitória seria provável.

Sombra: Moro é cada vez mais cortejado pelos investidores ( Marcelo Camargo/Agência Brasil )

“Se Moro concorrer, provavelmente vencerá, dada sua enorme popularidade. Sua vitória será adequadamente comemorada pelos investidores internacionais e domésticos, à medida que governasse com uma plataforma de reformas estruturais”, acrescenta.

No curto prazo, contudo, os analistas afirmam que há o risco de Bolsonaro se radicalizar ainda mais, para enfrentar as suspeitas de corrupção que envolvem seu núcleo mais próximo. Se isto acontecer, a BCA não descarta que Paulo Guedes deixe o Ministério da Economia, dificultando ainda mais a situação.

Por tudo isso, a casa de análises reforçou a recomendação para que a alocação de recursos em ativos brasileiros (ações e títulos de renda fixa) permaneça abaixo da média da carteira de seus clientes.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar