Imóveis: Vendas crescem 32% em 2023 com volta do Minha Casa, Minha Vida; lançamentos recuam
A demanda por imóveis está aquecida e prova disso é que a venda de novos empreendimentos cresceu 32,6% em 2023, puxada pelo segmento de médio/alto padrão e pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Ao todo, foram vendidas 163,1 mil unidades, somando R$ 47,9 bilhões, total 34,7% acima do apurado em 2022. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
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O Minha Casa, Minha Vida contribuiu com R$ 26 bilhões no valor de vendas, que cresceram 55,1% no ano passado. Enquanto o volume vendido avançou 42,2%, com a venda de 117,4 mil novos imóveis.
Por sua vez, o segmento médio/alto padrão viu o volume vendido crescer 14%, para 42,9 mil unidades. O valor das vendas somou R$ 21,1 bilhões, total 18,9% acima do apurado em 2022.
Lançamentos de imóveis caem em 2023
Em contrapartida, como já sinalizado, os lançamentos caíram 2% no último ano, com um total de 118 mil unidades. O valor lançado atingiu R$ 38 bilhões, aumento de 10,1% no comparativo anual.
A queda no número de unidades lançadas foi puxada pelo segmento de médio/alto padrão, exibindo recuos de 38% no volume lançado (a 24,5 mil) e de 9,2% no valor de lançamentos, totalizando R$ 16,7 bilhões frente ao registrado em 2022.
Por outro lado, o Minha Casa, Minha Vida puxou o indicador, com alta de 16,7% no volume lançado, somando 93,2 mil unidades. Já o valor lançado chegou a R$ 21,3 bilhões, avanço de 39,3%.
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Em nota enviada à imprensa, o presidente da Abrainc, Luiz França, destacou a resiliência do setor imobiliário no ano passado.
“Frente a um início de ano desafiador no contexto macroeconômico, com repercussões em diversos setores, os ajustes nos indicadores econômicos e as melhorias substanciais no MCMV desempenharam papéis determinantes no bom desempenho do setor no último ano”, ressalta.
Ele acrescenta que o mercado de aluguéis também exibiu alta no ano anterior, com o preço subindo 17%, o que fortalece a procura por ativos imobiliários.
França ressalta que a continuidade da redução da taxa básica de juros (Selic) em 2024 será um impulsionador significativo para o desenvolvimento do setor.